Destaques da Home | 02 de outubro de 2018 11:10

Octávio Chagas celebra primeiro casamento coletivo de Nova Iguaçu

Juiz Octávio Chagas celebra a união de 25 casais | Foto: Felipe Cavalcante/ TJ-RJ

O primeiro casamento comunitário promovido pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, aconteceu no domingo (30). O “sim” foi dito por 25 casais em cerimônia celebrada pelo juiz Octávio Chagas de Araújo Teixeira (presidente da AMAERJ Nova Iguaçu e titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do município).

Todos os casais participaram das audiências de conversão da união estável em casamento e receberam a certidão com o novo estado civil. O projeto Casamento Comunitário do TJ-RJ foi promovido em parceria com as secretarias municipais de Cultura e Assistência Social de Nova Iguaçu, além da Defensoria Pública.

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Marcos e Alexandre na cerimônia | Foto: Felipe Cavalcante/ TJ-RJ

Um dos casais é formado por Marcos Abidon e Alexandra Costa. Há 28 anos, ele começou a paquerar a vizinha, quando a via nas ruas de Nova Iguaçu. Ela resistiu por seis meses. Três filhos e duas netas depois, Abidon novamente teve que convencê-la a oficializar a união. O pedido foi feito em um local inusitado: dentro de uma van.

“No começo eu não queria, porque achei que não precisava. Prosseguimos em nosso relacionamento, tivemos três filhos e duas netas. Ele continuou insistindo até que um dia, dentro de uma van, voltando para Nova Iguaçu, entrou um rapaz vendendo alianças de brinquedo. Então, ele pediu novamente. Daí eu disse: ‘Então bora casar'”, contou Alexandra.

Ao final da cerimônia, na praça de alimentação do Shopping Nova Iguaçu, o juiz Octávio Chagas não escondeu a satisfação pela oportunidade de celebrar o primeiro casamento comunitário na cidade. “Essa cerimônia foi uma surpresa muito importante para mim. A realização do primeiro casamento comunitário promovido pelo Tribunal de Justiça em Nova Iguaçu [teve] o objetivo de fortalecer as famílias. Inclusive, durante a cerimônia, eu procurei inverter o papel da mulher, sendo a noiva a primeira a colocar a aliança, seguida pelo noivo”, descreveu ele.

O magistrado contou que a ideia é fazer mais cerimônias coletivas, “para que as pessoas que não têm condições fiquem isentas do pagamento de emolumentos e, com isso, possam oficializar uma união que, às vezes, já está acontecendo. Essa ação é também uma oportunidade do Tribunal de Justiça se mostrar presente junto à população do município”.

Fonte: TJ-RJ