Estudantes de Direito lotaram o auditório do Unilasalle (Centro Universitário La Salle do Rio de Janeiro), na quarta-feira (28), em Niterói, para assistir à aula magna apresentada pelo corregedor-geral da Justiça, Claudio de Mello Tavares. O funcionamento e o objetivo da Corregedoria, a importância do diálogo no Judiciário e a atuação do advogado foram os temas abordados na palestra.
“A justiça no Brasil é viável. Mas sem advogado não há justiça e sem justiça não há cidadania”, afirmou. Na aula “A prática do Direito na Atualidade: o papel do advogado e a Corregedoria Geral da Justiça”, Tavares citou frase do Papa Francisco: “Só no juiz a Justiça se reconhece como a primeira qualidade da sociedade, que tem de ser recuperada contra a tendência cada vez mais forte para fragilizar a figura do juiz”.
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O corregedor ressaltou o método usado pela CGJ para acelerar o andamento de processos: o diálogo. Ele relembrou os encontros com juízes, servidores e advogados para detectar gargalos na prestação jurisdicional.
Tavares afirmou que, de janeiro de 2017 a fevereiro de 2018, o acervo geral das Varas Cíveis da capital caiu de 259.356 processos para 227.269 — somados os cerca de 50 mil processos novos que entraram nessas varas no mesmo período.
O magistrado também aconselhou os estudantes de Direito. “O advogado não pode só acompanhar o processo. Ele tem que perseguir o processo. Não existe hierarquia entre Ministério Público, advogados e juízes. O advogado tem o direito de ver seu processo e de conversar com o juiz. E é importante que não perca o foco no cliente.”
Os professores Marcelo Pereira, Hugo Penna e André Miranda participaram da mesa diretora junto com o juiz-auxiliar da Corregedoria, Luiz de Mello Serra.
Fonte: CGJ-RJ