Na sexta edição, Prêmio reverencia os defensores dos Direitos Humanos
POR SERGIO TORRES
Com a participação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, agraciada com o Troféu Hors-Concours, o 6º Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos premiou, na noite de 6 de novembro, 18 trabalhos selecionados pela Comissão Julgadora como relevantes para o aprimoramento da sociedade brasileira. A procuradora-geral foi homenageada por sua trajetória obstinada em defesa dos direitos humanos.
A cerimônia aconteceu no Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), no Centro carioca, com a presença de cerca de 200 autoridades, magistrados, representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública, jornalistas, professores universitários, estudantes, dirigentes de movimentos
sociais e expoentes da sociedade civil.
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Promovido pela AMAERJ (Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro), o prêmio, de amplitude nacional, prestigia iniciativas excepcionais que contribuam para o avanço do Brasil em questões relacionadas ao respeito e à obediência aos valores preconizados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948. Reconhecer e reverenciar esses trabalhos e seus autores é a razão de ser da premiação.
O AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos premiou trabalhos inscritos em quatro categorias vinculadas ao tema “Direitos Humanos e Cidadania”: Reportagens Jornalísticas, Trabalhos dos Magistrados, Práticas Humanísticas e Trabalhos Acadêmicos.
Os primeiros colocados em Reportagens Jornalísticas, Práticas Humanísticas e Trabalhos Acadêmicos receberam R$ 15 mil, cada; os segundos lugares, R$ 10 mil; os terceiros, R$ 5 mil. Os três primeiros também ganharam troféus. Os demais finalistas foram agraciados com Menções Honrosas. Na categoria Trabalhos dos Magistrados, os três primeiros receberam troféus.
Foto: Marcelo Regua / AMAERJ
Prêmio
Criada em 2012, a premiação celebra a memória da juíza Patrícia Acioli, da 4a Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), morta em 2011, em Niterói (RJ), por policiais militares.
“Os 21 tiros com que os criminosos assassinaram covardemente Patrícia Acioli tentaram acuar e calar a magistratura do Rio de Janeiro, mas os juízes fluminenses não se dobram ao crime. A coragem de Patrícia Acioli não será esquecida. Esta homenagem é feita à campeã dos direitos humanos, que, em nome da Justiça, lutou para defender os mais excluídos”, afirmou a presidente da AMAERJ, Renata Gil.
O 6º Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli recebeu 223 inscrições de 20 Estados. Diante da qualidade dos trabalhos, a Comissão Julgadora, composta por 15 especialistas de destaque em cada categoria, teve muita dificuldade para selecionar os 18 finalistas. Integraram o corpo de jurados os seguintes profissionais: Artur Gueiros, Daniel Sarmento e Gustavo Binenbojm (Trabalhos dos Magistrados); Elvira Lobato, José Carlos Tedesco e Sergio Torres (Reportagens Jornalísticas); Marcelo Alves Lima, Márcia Nina Bernardes, Mariana Thorstensen Possas e Adilson Cabral (Práticas Humanísticas); e Marco Aurélio Vannuchi, Patrícia Saldanha, Marcio Castilho, Jussara Freire e João Batista de Abreu (Trabalhos Acadêmicos).
O AMAERJ Patrícia Acioli teve como parceiros a Caixa Econômica Federal (CEF), a Multiplan, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) e a Associação dos Notários e Registradores do Brasil-RJ (Anoreg-RJ), com apoio do TJ-RJ e da Escola da Magistratura (EMERJ).
Veja aqui a íntegra da revista FÓRUM.
Foto: Marcelo Regua / AMAERJ