O Museu da Justiça e o Centro Cultural do Poder Judiciário do Rio de Janeiro (CCMJ) concluíram o tratamento e a digitalização dos autos do processo em que foram apuradas as circunstâncias da morte do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira. O documento, de grande valor histórico, passou recentemente por procedimentos de reparos e de digitalização com o objetivo de garantir sua preservação e, ao mesmo tempo, torná-lo acessível aos pesquisadores.
O desastre, que culminou com a morte do ex-presidente e de seu motorista Geraldo Ribeiro, teve imensa repercussão junto aos órgãos de imprensa e à população. O acidente ocorreu em 1976, quando o carro em que Juscelino Kubitschek viajava colidiu com um ônibus na Rodovia Presidente Dutra, na cidade de Resende, estado do Rio de Janeiro.
Em 1996, após o surgimento de novas provas e de reportagens divulgadas pela TV, o processo, que havia sido arquivado com quatro volumes foi reaberto com um novo inquérito, em que se procurou averiguar as suspeitas de que se pudesse tratar de um atentado político. À época, foram realizadas exumações e vários exames periciais, todos documentados nos autos, além de imagens fotográficas e vídeos em VHS. Todos esses documentos foram digitalizados pela equipe técnica do Serviço de Acervo Textual e Audiovisual e de Pesquisas Históricas do CCMJ.
Antes do tratamento técnico efetuado, o processo foi fotografado para atender aos pesquisadores. Mas, devido ao precário estado físico em que o documento se encontrava, era necessária uma intervenção adequada para a sua recuperação e melhoria na qualidade das imagens, trabalho agora concluído pelo CCMJ.
O processo, que já foi objeto de diversas consultas de pesquisadores acerca do período do governo militar, incluindo as Comissões da Verdade de São Paulo e de Brasília, deverá ser disponibilizado para consulta apenas em suporte digital.
O Museu da Justiça/Centro Cultural do Poder Judiciário é uma unidade subordinada ao Departamento de Gestão e Disseminação do Conhecimento, da Diretoria-Geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento. Seu acervo é composto por objetos tridimensionais, arquivos pessoais de magistrados, fotografias e documentos em suporte textual e audiovisual que guardam a memória da Justiça fluminense e são disponibilizados a pesquisadores de vários municípios do país e também do exterior.
Fonte: CCMJ