AMAERJ | 08 de maio de 2017 17:17

1º Fonavep é considerado um marco na execução penal

O presidente da AMB, Jayme de Oliveira, e o corregedor nacional de Justiça, João Otávio de Noronha, fizeram o encerramento dos trabalhos do 1º Fórum Nacional de Execução Penal (Fonavep) na sexta-feira (5), em Foz do Iguaçu (PR). A delegação do Rio foi formada pela presidente da AMAERJ, Renata Gil, e os magistrados Marcus Basílio, Guilherme Schilling, Larissa Duarte, Juliana Benevides, Cristina Lajchter e Rafael Estrela. Jayme de Oliveira destacou a avaliação feita pelo ex-ministro do STJ Sidnei Beneti de que o evento foi um marco na execução penal.

“Ele fez uma referência muito elogiosa, dizendo que considera um marco, pois nunca houve algo que juntasse tantos magistrados que lidam com o tema”, contou.

De acordo com o presidente, a iniciativa da AMB e da Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) parece ter sido realmente um sucesso. Disse que já recebeu três pedidos de associações regionais – Associação dos Magistrados do Espírito Santo (Amages), Associação dos Magistrados do Estado do Pará (Amepa) e Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) – interessadas em sediar a segunda edição do Fonavep.

“Iremos preparar o segundo fórum em um desses estados. Vamos continuar o trabalho para fortalecer a magistratura e o Judiciário e a partir daí produzir propostas concretas a serem encaminhadas às autoridades competentes. A diretoria fará um balanço do evento e vamos avaliar o que funcionou bem, repensar o formato do que for necessário, ver os ajustes que precisam ser feitos”, afirmou, parabenizando mais uma vez os funcionários da AMB, da Amapar e a comissão organizadora.

Ao passar a palavra ao ministro João Otávio de Noronha, Jayme de Oliveira ressaltou sua característica, muito importante para a AMB, de ser aberto ao diálogo permanente. O corregedor nacional de Justiça respondeu: “O diálogo é a minha fonte. Só podemos administrar à medida que conhecemos os problemas trazidos por quem trabalha na área. Desde que cheguei ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estou aberto ao diálogo com as associações”.

Segundo o ministro, é necessário ter a posição da AMB para na sequência dialogar com os demais envolvidos e interessados, e nesse sentido o evento foi muito importante. “Estamos investindo no aperfeiçoamento profissional. Esse foi o primeiro fórum de execução penal, e avalio que essa matéria é tão importante que deve se estender. Parabéns aos juízes pela coragem de discutir um tema tão caro para a magistratura”, frisou.

João Otávio de Noronha relembrou entre os pontos debatidos nos dois dias de evento as necessidades de esclarecimento à sociedade de que a privação da liberdade já é a pena e de articulação para que sejam liberados fundos para a construção dos presídios. “Não se deve colocar a pessoas em condições humilhantes, degradantes e que atentem contra os direitos humanos”, reforçou.

Fonavep

O 1º Fórum Nacional de Execução Penal teve como objetivo promover o debate entre juízes de varas de execuções penais sobre o sistema penitenciário e elaborar propostas em conjunto que, posteriormente, serão levadas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tribunais de Justiça, Ministério da Justiça e governos estaduais. O evento reuniu cerca de 175 juízes de varas de execução penal de todos os estados do Brasil.