Mais de 30 universitários, de oito faculdades de Direito, conheceram as dependências e o funcionamento do Tribunal de Justiça do Rio, na segunda (14) e na terça-feira (15), através do programa Juristur – Conhecendo o Judiciário, promovido pela AMAERJ. Os estudantes também participaram de palestras com os magistrados Joel Pereira dos Santos, Paulo Jangutta, Simone Rolim (coordenadores do Juristur), Siro Darlan e Daniela Barbosa.
Os alunos cursam Direito, em diferentes períodos, nas faculdades UVA (Universidade Veiga de Almeida), UNIGRANRIO (Universidade do Grande Rio), UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), Universidade Anhanguera Niterói, Estácio e UNISUAM (Centro Universitário Augusto Motta).
Os estudantes conheceram o Museu da Justiça, com explicações do museólogo Leandro Pontes, o Salão dos Passos Perdidos, e os antigos Tribunal Pleno e Gabinete Presidencial. Os alunos também passaram pelo Primeiro Tribunal do Júri, pela 7ª Câmara Criminal e pela 2ª Câmara Criminal do TJ-RJ.
Durante as palestras, o juiz Joel Pereira falou sobre sua experiência de 40 anos na Justiça, relembrando que começou a trabalhar em um cartório, com 13 anos de idade, realizando serviços gerais. O magistrado ressaltou o esforço para estudar e se tornar juiz, com o objetivo de mostrar aos estudantes a importância de lutar para atingir o sonho profissional. Joel ainda explicou a estrutura do Poder Judiciário brasileiro e como funciona a Justiça no Estado do Rio.
O juiz Paulo Jangutta afirmou que o objetivo do Juristur é a aproximação do estudante com o Judiciário, buscando influenciar na formação dos novos profissionais do Direito. “Essa aproximação, por certo, trará frutos no aspecto prático e ético para aqueles que um dia farão parte da rotina judiciária”, disse. A juíza Simone Rolim destacou os desafios enfrentados pelos magistrados em seu dia a dia, na busca de uma gestão eficiente das atividades, com o intuito de oferecer uma prestação jurisdicional eficaz.
A juíza Daniela Barbosa, titular da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, aconselhou os estudantes a buscarem a verdadeira vocação e exercer a profissão com dedicação, comprometimento e responsabilidade. “Quando você escolhe ser juiz ‘não basta ser, tem que parecer’. Certas condutas, companhias e locais deverão ser evitados porque escolhemos ser magistrados, principalmente no interior, onde a maioria dos juízes novos atuam no início da sua carreira. Neste caso, as pessoas estão mais próximas, comumente conhecidos se tornarão partes em processo judiciais. Com isso, a exposição do juiz é maior, aumentando também a pressão. A cautela do juiz deve ser redobrada.”