Notícias | 01 de fevereiro de 2017 17:25

Ao som de protestos e bombas, Picciani é reeleito para presidência da Alerj

Foto: Rafael Wallace/Alerj

Foto: Rafael Wallace/Alerj

Ao som de bombas, morteiros, balas de borracha e palavras de ordem contra a privatização da Cedae e os atrasos nos pagamentos dos servidores, o candidato único Jorge Picciani (PMDB) foi eleito pela sexta vez, nesta quarta-feira (1), presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Picciani foi reconduzido ao cargo com 64 votos a favor e seis contra. Não houve abstenção. Apenas o deputado Jair Bittencourt, de licença, não votou.

Formaram a chapa os vice-presidentes Wagner Montes, André Ceciliano, Jânio Mendes e Marcus Vinícius. Os secretários da chapa são os deputados Geraldo Pudim, Silas Malafaia, Átila Nunes e Pedro Augusto. Os votos contrários da eleição vieram da bancada do PSOL.

O presidente informou que colocará em pauta na terça-feira (7) a votação sobre a medida do plano de recuperação, que prevê privatização da Cedae e o empréstimo de R$3,5 bilhões do governo federal para cobrir os salários atrasados dos servidores. “É um plano de recuperação fiscal muito bem elaborado pelo ministro Henrique Meireles, pela Fazenda do Rio de Janeiro, pelas procuradorias e pela AGU (Advocacia-Geral da União)”, afirmou o deputado.

Do lado de fora da Assembleia Legislativa, o clima era muito diferente da sossegada vitória de Picciani. A intranquilidade tomou conta dos arredores da Alerj, com protesto dos servidores estaduais no início da tarde. Os manifestantes pediam, entre outras reivindicações, a regularização dos pagamentos dos funcionários públicos estaduais.

O clima que já era tenso, explodiu quando representantes de sindicatos tentaram puxar as grades de proteção que cercam o Palácio Tiradentes. Os PMs utilizaram bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, balas de borracha e spray de pimenta para afastar os manifestantes, que atiraram pedras e morteiros. Um ônibus acabou sendo incendiado na Avenida Rio Branco. A segurança foi reforçada pela Força Nacional, e os policiais conseguiram dispersar a manifestação.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil