A AMAERJ promoveu nesta terça-feira (6) ato de desagravo ao juiz Glaucenir de Oliveira, no Fórum de Campos dos Goytacazes. Cerca de 80 pessoas – entre magistrados, integrantes do Ministério Público do Estado do Rio, delegados de Polícia e servidores – participaram do ato, que também contou com ampla cobertura da imprensa local.
“Isso tudo é de extrema importância, porque estou sendo vítima de vários ataques de pessoas que não são comprometidas com a Justiça, mas com a tentativa de denegrir a imagem da Justiça e daqueles que a representam – nós, os juízes. Esse apoio associativo demonstra que estamos no caminho certo, fazendo nosso trabalho e defendendo a prerrogativa de trabalhar com honestidade, coragem e aplicando a lei. Ao contrário do que as pessoas que nos atacam vêm divulgando em redes sociais”, afirmou Glaucenir de Oliveira.
Ralph Manhães Junior, diretor do Fórum de Campos e presidente da AMAERJ na cidade, reforçou que os magistrados precisam se manter firmes em sua função institucional. “Não podemos permitir que pessoas usem seus cargos no Congresso para nos retaliar, e usem a imprensa e outros meios para atacar juízes. Temos de impedir essa onda de ataque à independência ao Judiciário. Não recuaremos em hipótese alguma.”
O momento sensível que o Judiciário atravessa foi destacado pelo secretário-geral da AMAERJ, Luiz Alfredo Carvalho Junior. Ele lembrou que, em uma semana, esse é o segundo ato de desagravo promovido pela AMAERJ em reação a ataques recebidos por magistrados. O anterior foi a favor do juiz Flávio Citro, no Rio.
“A gente vem sendo atacado todo dia. E temos hoje, mais uma vez, ataque a um magistrado. A decisão do Glaucenir estava devidamente fundamentada. O que se viu foi que um juiz, mesmo bem fundamentado, é punido. Todo dia temos notícias assim. No caso do Glaucenir, foi lamentável o que fizeram. Ele agiu dentro da lei, e nenhum juiz pode ser punido por agir na forma da lei”, destacou.
Richard Robert Fairclough, diretor de prerrogativas da AMAERJ, também participou do ato de desagravo e defendeu a independência dos juízes. “Nós falamos no papel. É ali que mostramos nossa força. E o desagravo é a melhor forma de demonstrarmos nossa união”, concluiu.