Notícias | 11 de julho de 2016 20:20

‘Não queria ir à vitrine escolher’, diz futura madrinha do projeto Apadrinhar

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Tudo começou com um telefonema de uma amiga na sexta-feira (8) à noite a convidando para o almoço do Apadrinhar. Rosemary Marcedo Ribeiro Terra, professora de alfabetização, sempre sonhou em ter uma grande família, com oito filhos, mas esse projeto ainda não pode ser concluído. Após sua segunda gestação, Rose contraiu toxoplasmose e logo depois ficou viúva.

Rosemary nunca deixou seu sonho de família grande para trás e a adoção sempre esteve em seus planos. “Não queria ir à vitrine escolher. Na época em que eu queria adotar, você tinha que ir lá e escolher, aí você se sente numa vitrine”, disse a professora se referindo ao fato da pessoa ter que ir ao local e escolher a criança que mais lhe agrada.

A pedagoga, que já conhecia o projeto por um amigo (André) do “Grupo Dividindo por 14”, decidiu ir com um casal de amigos à feijoada e lá mesmo conversou com o juiz Sérgio Luiz, titular da 4ª Vara da Infância, do Adolescente e do Idoso da Capital do TJ-RJ, para saber quais seriam os documentos necessários para dar entrada no Apadrinhar.

Em casa a pressão dos dois filhos, Thaline, de 23 anos, e Gabriel, de 21, é grande para que a família aumente. “Quando souberam que eu vinha para o almoço logo me perguntaram com quantos eu ia voltar para casa”, contou rindo.

Por conta da idade, Rosemary procura uma criança que lhe faça companhia, com quem já possa conversar. “Quero uma criança maior, não quero entrar na fila”. A pedagoga tem uma amiga que passou por um processo de adoção que durou muitos anos e não gostaria de passar pela mesma situação. Coincidentemente, foi o juiz Sérgio Luiz quem assinou a certidão de adoção.

Rosemary vai dar entrada no projeto do Apadrinhar nos próximos dias.