Em lugar de um depoimento formal a um juiz na sala de audiências – que pode ser assustador para uma criança ou adolescente –, uma entrevista estruturada com uma psicóloga na brinquedoteca do TJ-RJ, transmitida em tempo real para o magistrado, o promotor de Justiça e as partes. O Nudeca (Núcleo de Depoimento Especial de Crianças e Adolescentes) foi criado pela Corregedoria Geral de Justiça do Rio em 2012, com o objetivo de oferecer mais proteção às crianças vítimas de crimes e abusos.
Nesta sexta-feira (20), às 13h30, o Nudeca vai promover o seminário “O Poder Judiciário no combate ao abuso e à Exploração Sexual”, em razão do Dia Nacional de Combate à Violência Sexual contra a Criança e o Adolescente, 18 de maio. O evento terá a participação do presidente do TJ, Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, e da corregedora-geral, Maria Augusta Vaz, e da presidente da AMAERJ, Renata Gil, entre outros. Renata vai integrar a segunda mesa, “Escuta Protegida x Responsabilização Penal”; a segunda mesa tratará de “Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes: Desafios dos profissionais e a Importância da Articulação com a Rede”.
O Nudeca, que faz cerca de 20 audiências por mês – foram 200 em 2015 – também encaminha as crianças que precisam para tratamento psicológico e para a rede de saúde. “As crianças vêm com amedrontadas, tristes, muito sensíveis. As idades variam de 4 a 17 anos. São casos de todas as classes sociais, mas os abusos sexuais são quase a totalidade”, afirmou a psicóloga Áurea Guimarães, coordenadora do Nudeca e do seminário.
Magistrados e promotores que usam os serviços do Nudeca serão homenageados com menção honrosa pela corregedora-geral, Maria Augusta Vaz.