Notícias | 17 de novembro de 2015 18:22

Prêmio Juíza Patrícia Acioli celebra os Direitos Humanos com mais de 2 mil pessoas no Theatro Municipal

Uma noite de pura emoção. Assim podemos resumir a cerimônia de entrega do 4º Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos, promovido pela Amaerj na noite desta segunda-feira (16). O evento marcou a entrega dos prêmios aos vencedores das categorias Trabalhos Acadêmicos, Práticas Humanísticas e Reportagens Jornalísticas. O Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi o palco da solenidade, que reuniu mais de 2 mil pessoas dentre ministros, magistrados, parlamentares, empresários, jornalistas, professores, artistas, estudantes e movimentos sociais. Pela primeira vez o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, participou da premiação. “Vejo neste prêmio uma justa homenagem a uma juíza que dedicou a vida não só ao Direito, mas à Justiça e se caracterizou por uma coragem extraordinária. Acho que o Prêmio é um exemplo para toda a magistratura, para que se inspire na juíza Patrícia Acioli e siga esse exemplo de coragem, abnegação e dignidade”, destacou o ministro.

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A festa dirigida com competência por Carla Camurati – diretora cultural dos Jogos Olímpicos Rio 2016 – foi recheada de atrações que emocionaram a plateia, como a Escola de Dança Maria Olenewa, Circo Crescer e Viver, Coral da Fundação Xuxa Meneghel, Orquestra Maré do Amanhã, Banda Urca Bossa Jazz e o encerramento da divertida cantora Mart’nália, que levantou o público ao interpretar três de seus maiores sucessos. Os apresentadores da cerimônia foram os atores Lucinha Lins e Jorge Pontual.

Representantes dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo prestigiaram o evento, entre os quais o ministro Ricardo Lewandowski, o governador Luiz Fernando Pezão, o presidente do TJ-RJ Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, entre outras autoridades.

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“O prêmio é importantíssimo, porque homenageia uma pessoa que lutou muito pelos Direitos Humanos e enobrece e incentiva a luta de quem trabalha pela garantia desses direitos”, destacou o governador Luiz Fernando Pezão.

O presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, falou sobre a magistrada homenageada. “Patrícia era uma lutadora pelos Direitos Humanos e não vejo melhor forma de homenageá-la do que com a realização deste prêmio que incentiva a sociedade a pensar sobre os Direitos Humanos”, destacou o presidente.

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A solenidade foi aberta com a palavra do presidente da Amaerj, juiz Rossidélio Lopes, que destacou que a premiação tem o intuito de promover um mergulho amplo no universo da Cidadania, através do fortalecimento do diálogo entre o Judiciário e a sociedade. “Coragem e determinação foram marcas constantes do desempenho de Patrícia Acioli, defensora dos direitos humanos, que mereceu o reconhecimento, tanto de seus pares como de governantes, pelo seu trabalho na contenção da violência policial e na postura combativa diante da corrupção de agentes públicos”, destacou o magistrado.

A diretora do Departamento de Direitos Humanos da Amaerj, juíza Denise Appolinária, deu continuidade ao evento e questionou a plateia. “Direitos Humanos pra quê? Pra quem? Quem esqueceu também morreu junto com a Patrícia e continua morrendo todas as vezes em que há a violação dos Direitos Humanos”, disse a magistrada dando boas vindas ao público, convidados e autoridades presentes.

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Durante a solenidade, foi respeitado um minuto de silêncio em memória das vítimas de Mariana (MG) e Paris (França). A família da juíza Patrícia Acioli também esteve presente à cerimônia, que premiou com um total de R$ 90 mil, os trabalhos que mais se destacaram em três categorias:

Reportagens Jornalísticas:

1º lugar – “Minha Casa, Minha sina”, dos jornalistas Rafael Pinto e Luã Marinatto, do Jornal Extra

2º lugar – “Minha Cela, Minha vida”, da jornalista Thais Lazzeri, da Revista Época

3º lugar – “Série abrigos”, da jornalista Marcela Freitas, Jornal O São Gonçalo

Menções Honrosas:

Rafael Luiz Azevedo – Site Verminosos por Futebol (Ceguim, o técnico que tudo vê)

Vinícius Bezerra Brandão – Uniceub (Dança Inclusiva)

 

Trabalhos Acadêmicos:

1º lugar  Caroliny B. A. Dellaparte – A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho mediante novos instrumentos: o teletrabalho e os avanços tecnológicos na comunicação e informação

2º lugar – Júlia Marta Pereira – A mediação de conflitos como mecanismo colaborador na construção da cidadania

3º lugar – Marta Raquel de Paula Santos – Por uma nova sociedade: A busca de novos cidadãos

 

Práticas Humanísticas:

1º lugar – Práticas Humanísticas – Bianca Carvalho – ONG Mundo Novo de Cultura Viva.

2º lugar – Quintal da Casa de Ana – Maria Bárbara de Toledo.

3º lugar – Projeto ReConstruir – Cézar Belmino Barbosa Evangelista Júnior, Luciana Teixeira de Souza e André Montenegro

Menções Honrosas:

Movimento de Mulheres de São Gonçalo

Instituto Chefs Especiais

 

Concurso Cultural de Monografias Desembargador Aloysio Maria Teixeira

Durante a cerimônia também foi realizada a entrega da premiação do Concurso Cultural de Monografias Jurídicas para Magistrados do Estado do Rio de Janeiro Desembargador Aloysio Maria Teixeira. O grande vencedor foi o juiz Alexandre Guimarães Gavião Pinto, com o trabalho “O Poder Judiciário como fiel da balança nos poderes da República e seu relevante papel protetor vigilante dos direitos fundamentais”.

Num momento de grande emoção a Amaerj homenageou, com um troféu, o movimento Candelária Nunca Mais, como reconhecimento aos esforços do Movimento para que a tragédia ocorrida em 1993, quando vários jovens morreram fuzilados na porta da igreja quando dormiam, não seja esquecida e jamais se repita.

Prêmio

Criado em 2012, o Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos homenageia a magistrada da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, assassinada em Piratininga, Niterói, em agosto de 2011, por policiais militares. Enfatizando as causas humanistas, o Prêmio tem um caráter plural, é aberto à sociedade, estudantes e profissionais de todas as áreas. São parceiros do Prêmio o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Rede Record, Bradesco, Vale, Rio Ônibus, Fetranspor, Masan, Fundação Xuxa Meneghel e RioSolidário.

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Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj