Notícias | 16 de outubro de 2015 15:35

Dirigentes de escolas de magistratura do país debatem novas diretrizes no 41º Encontro do Copedem

Até amanhã (17), diretores das escolas da magistratura do país debaterão sobre as políticas educacionais, critérios de avaliação e estrutura dos cursos, entre outros temas, durante a realização do 41º Encontro do Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem). Aberto ontem (15), o encontro acontece na Emerj. No sábado, os diretores se reúnem, a partir das 9 horas, para elaborar a Carta do Rio de Janeiro, definindo as diretrizes firmadas durante o encontro.

O presidente do Copedem, desembargador Antonio Rulli Junior, abriu o encontro de diretores enfatizando um dos compromissos do Colégio Permanente de defender a implantação do cursos de mestrado e doutorado nas escolas de magistratura. “O 41º Encontro do Copedem tem no seu programa a marca dessa evolução e o desejo de implantar cursos de pós-graduação stricto sensu”, afirmou.

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Durante a cerimônia, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, e o diretor-geral da Emerj, desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa, foram homenageados pelo Copedem, sendo condecorados com a medalha  Ministro Domingos Franciulli Neto e a medalha desembargador Paulo Ventura.

O presidente do Copedem, o vice-presidente da Colégio Permanente, desembargador Marco Villas Boas, a viúva do desembargador Paulo Ventura, Maria Aparecida Ventura, e o conselheiro Luiz Roberto Liza Cury, do Conselho Nacional de Educação (CNE), também foram agraciados com a medalha desembargador Paulo Ventura.

O vice-presidente do Copedem, ao lembrar os 10 anos de fundação do Colégio Permanente, destacou a importância do desembargador Paulo Ventura para que as escolas de magistratura fossem reunidas em um colegiado. “Ele foi um dos homens que se dispuseram a indicar esses novos caminhos para que a magistratura brasileira trilhasse a formação e aperfeiçoamento dos juízes. Paulo Ventura nos ensinou muito. A sua qualidade intelectual e sua visão ética da magistratura e humanista do ensino proporcionaram uma significativa evolução da Emerj e, como desdobramento, a criação de um colégio que hoje congrega todas as escolas”, ressaltou o desembargador Marco Villas Boas.

O diretor-geral da Emerj, desembargador Caetano Ernesto da Fonseca Costa, destacou a importância do encontro para discutir novos caminhos que aproximem o Poder Judiciário da sociedade. “Precisamos nos atualizar. Aquilo que aprendemos nas universidades há algumas décadas já não se aplica nos dias de hoje. Temos que buscar a construção de um Judiciário que queira dialogar com a sociedade. A Emerj e  todas as outras escolas de magistratura do país estão comprometidas com essa reciclagem para que possamos acompanhar essa evolução”, destacou.

O presidente do TJ-RJ, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, iniciou sua saudação aos participantes do encontro, lembrando a data de abertura do evento. Ele também ressaltou a importância dos desembargadores Paulo Ventura e José Carlos Maldonado na criação do Copedem.

“Não é por coincidência que esse encontro está sendo aberto na data de hoje, Dia do Professor. Gostaria de saudar todos os participantes desse encontro, aproveitando para homenagear todos os que contribuíram para sua realização, entendendo a necessidade da ligação do Judiciário com a academia. E o Copedem cumpre essa missão há 10 anos, resultado de uma luta iniciada pelos desembargadores José Carlos Maldonado de Carvalho e Paulo Roberto Leite Ventura”, avaliou o presidente do TJ-RJ.

Conselheiro do CNE defende mudanças na políticas educacionais

Encerrando a cerimônia de abertura, o conselheiro Luiz Roberto Liza Curi, do Conselho Nacional de Educação, apresentou conferência abordando as políticas educacionais desenvolvidas no Brasil diante da atual conjuntura.

“Existe uma má distribuição de ofertas de cursos no Brasil. Somente os cursos de Direito, Administração, Ciências Contábeis e Pedagogia representam cerca de 43% do total número de matrículas em todo o país. Outro problema enfrentado é a má distribuição. Cerca de 8% dos matriculados estão na Região Norte, 9% no Centro-Oeste, 20% no Nordeste, 47% no Sudeste e cerca de 17% na Região Sul”, relatou.

Ao abordar a situação dos cursos de Direito, o conselheiro defendeu a revisão das diretrizes curriculares, com o objetivo de buscar um novo perfil para o curso.

“A participação das escolas de magistratura é fundamental, porque elas reúnem os magistrados que são os professores e alunos. Isso permite uma troca de experiências fabulosa. Temos que reconstruir os cursos de Direito e a OAB tem um papel fundamental no sentido de identificar a trajetória dos alunos que se formam e se submetem ao exame da Ordem”, avaliou.

Fonte: TJ-RJ / Foto: Luis Henrique Vicent