Na última quarta-feira (20) um grupo de 30 alunos da Escola Municipal Milton Campos, de Bangu, visitou as dependências da Amaerj e do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ). A secretária do programa, Priscilla Mantuano recepcionou os estudantes do 9º ano e a seguir o juiz Joel Pereira, coordenador do Juristur, fez uma explanação sobre como a Justiça atua para exercer seu papel de minimizar e resolver conflitos além de contar um pouco de sua história e de como conseguiu chegar a ser juiz mesmo sendo de origem humilde. “Valorizem a escola de vocês e no futuro serão pessoas grandes e realizadas”, disse o magistrado. Ao final da conversa os alunos fizeram várias perguntas.
Na etapa seguinte os estudantes conheceram as dependências do Museu da Justiça, passando pelo Salão dos Passos Perdidos, o Primeiro Tribunal do Júri, o Salão dos Espelhos e o Plenário e por fim, conheceram o Pleno do Tribunal do Júri.
Os alunos participaram de um júri simulado. A promotora foi Karen Ayres, que fez sua explanação e pediu a condenação da ré que seria a assassina da mulher com quem o namorado se envolveu. “Ela sabia toda a rotina da vitima, a matou e merece ser condenada”, disse.
Já a defesa foi feita por Luiz Davi Procópio que foi incisivo frente aos jurados. “Minha cliente agiu em legítima defesa, porque achou que a vítima iria atacá-la primeiro”, defendeu.
Todos surpreenderam pela desenvoltura com que exerceram seus papéis. No final a ré representada por Alícia das Neves foi considerada culpada por homicídio por 4 votos a 3 e a juíza, representada pela aluna Gabrielle Catharine Góes, proferiu a sentença “ Condeno a ré a pena de 15 anos e ela deverá aguardar o recurso presa!”, disse.
O juiz Joel Pereira destacou ainda as dificuldades que um juiz enfrenta. “Muitas vezes somos sobrecarregados e o trabalho nunca termina. Era comum eu levar sacolas de processos para casa mesmo nos fins de semana, Ser juiz é uma função espinhosa, mas de nobreza extraordinária”, concluiu.
O programa
O “Juristur – Conhecendo o Judiciário” tem como objetivo de forma lúdica e divertida contribuir para a formação profissional dos estudantes de Direito, assim como criar canais de comunicação com as escolas e a sociedade em geral, aproximando-os do Poder Judiciário. A iniciativa é pioneira no Brasil e atende a Meta 4 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que recomenda a implantação de “pelo menos um programa (por Estado) de esclarecimento ao público sobre as funções, atividades e órgãos do Poder Judiciário em escolas ou quaisquer espaços públicos”.
O Juristur é voltado para os estudantes do ensino fundamental, médio e universitários. A Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro (SME), a Fetranspor – Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro e a Rio Ônibus são parceiras do projeto. A Prefeitura do Rio, através da SME, é responsável pela seleção das turmas que participam do programa, com ênfase nas escolas situadas em áreas com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Já a Rio Ônibus é a responsável pelo transporte dos estudantes, que sem esse apoio não teriam como ir ao tribunal.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj