Yolanda Kakabadse, presidente da WWF Internacional (Fundo Mundial para a Natureza) foi direta ao falar sobre o ‘O futuro do ambientalismo’, tema de sessão plenária do Congresso Mundial de Direito Ambiental, na tarde desta quinta-feira (28), intitulado : “É hoje. O futuro acontece agora. As condições atuais são totalmente diferentes das de ontem. Hoje, já temos sistemas de comunicação altamente sofisticados que fazem a diferença. Não há barreiras”, disse.

A diretora da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) Inger Andersen, tem outra visão. “Serei um pouco polêmica agora: o futuro é o desaparecimento do ambientalismo. Quando todos forem ambientalistas, e o ambientalismo se tornar parte do tecido da sociedade, esse será o futuro. Este Congresso traz pessoas que estão fora do movimento ambiental e que passam a definir o que precisa ser feito nos tribunais para garantir a integridade da natureza.”

Essa opinião é compartilhada pelo professor Thomas Lovejoy, da Universidade George Mason, que estuda a Amazônia há mais de 40 anos. “No momento em que a consciência ambiental se tornar amplamente disseminada, inevitavelmente haverá uma atitude mais respeitosa em relação à natureza. Gostaria de convidá-los a pensar sobre a aspiração humana e a diversidade biológica somados para considerarmos um futuro no qual o ser humano estará embutido na própria natureza.”

A presidente do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), Marina Grossi, ressaltou que a decisão de proteção do meio ambiente também é econômica, pela sobrevivência dos negócios em um ambiente sadio.

O indígena Davi Kopenawa Yanomami, defendeu a importância do meio ambiente para todos os seres humanos. “A terra mãe é vida. Os destruidores são muitos, o homem tira tudo da natureza, suja os rios e desmata. Nós, índios, protegemos, aprendemos a lutar e defender a terra. Sem ela não existe vida. Queremos que vocês, que vêm de longe, também protejam a natureza.”

Thomas Lovejoy