O presidente e a vice-presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil, Antônio César Bochenek e Candice Galvão Jobim, respectivamente, informaram na última terça-feira (4) ao corregedor-geral da Justiça Federal, ministro Humberto Martins, a suspensão dos protestos contra o acúmulo de acervos.
Em audiência, Bochenek e Jobim entregaram ofício comunicando a suspensão das medidas adotadas pelos juízes em relação ao acúmulo de acervos processuais e funções administrativas sem a correspondente gratificação prevista no PL 7.717/2014.
Em consulta nacional realizada pela Ajufe, com 800 votantes, 665 juízes foram favoráveis à suspensão (83,12%).
No último dia 30/10, o Blog informou que a Ajufe estava consultando os associados sobre a eventual suspensão, uma vez que o Executivo teria acenado com a possibilidade de negociação. Outro fator que pesou na decisão foi o desgaste do movimento.
As manifestações foram realizadas a partir de decisão tomada em assembleia da Ajufe, prevendo que os juízes somente atuariam “em seus órgãos de origem e nos processos de sua exclusiva competência”.
“O diálogo é o meio mais importante para a solução de problemas em qualquer das atividades jurídicas, onde sempre prevalece o bom senso e a razão”, disse Martins. Segundo o corregedor, “o novo expediente da Ajufe demonstra a maturidade da magistratura federal, sempre acreditada e respeitada pela cidadania brasileira”.
Martins comunicará a decisão da Ajufe ao presidente do CNJ, ministro Ricardo Lewandowski, à corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, e aos corregedores das cinco regiões da Justiça Federal.
Fonte: Blog do Fred – Folha de São Paulo