Levantamento publicado na segunda-feira (30/6) pelo jornal Folha de S.Paulo aponta que os tribunais regionais eleitorais apresentam déficit de 42 juízes a menos de uma semana para o início oficial das campanhas. Todas elas ocorrem pela demora na nomeação de advogados pelo quinto constitucional — dois juristas titulares e dois substitutos, escolhidos pela presidente da República a partir de lista tríplice enviada pelo Tribunal de Justiça de cada estado ao Tribunal Superior Eleitoral.
A maior parte das listas de advogados (26) ainda nem chegou à presidente Dilma Rousseff, pois está em análise no TSE. Antes de chegar à Casa Civil, as indicações devem passar ainda pelo Ministério da Justiça.
Enquanto isso, o Tribunal Regional Eleitoral em São Paulo tem duas vagas titulares desocupadas. No dia 5 de junho, foi publicada a nomeação de um dos juristas substitutos, o criminalista Alberto Toron, que já está atuando no plenário. No Espírito Santo, na Paraíba e em Rondônia, os plenários têm apenas seis membros, um a menos do que o fixado.
O secretário-geral da presidência do TSE, Carlos von Adamek, disse à Folhaque havia um represamento de processos na gestão anterior da corte. Até maio, o TSE era presidido pelo ministro Marco Aurélio. O comando hoje é do ministro Dias Toffoli.
A demora na nomeação de magistrados, inclusive para outros tribunais, já foi questionada no Supremo Tribunal Federal. Em dezembro de 2013, três associações ingressaram com Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) pedindo que a presidente obedeça ao prazo de 20 dias estabelecido no artigo 94 da Constituição Federal.
Fonte: ConJur