Teve bossa nova, samba, valsa e até Beatles…Teve também uma plateia vibrante, mostrando que o show tem que continuar. Na noite de estreia do Clube da Música na Justiça – associação artística formada, em sua maioria, por magistrados e servidores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro – ficou claro que, por trás de processos e mandados, existem músicos e poetas que só querem mostrar que o Judiciário fluminense faz arte também.
O salão do antigo 1º Tribunal do Júri da Capital deixou no passado juízes, promotores, advogados, jurados e réus e viu desfilar, desta vez, violões, flautas, clarinetes, violinos. A abertura da noite foi feita pela presidente de honra do Clube da Música, a pianista Carol Murta Ribeiro, que desejou vida longa à iniciativa. Logo depois, o servidor, poeta e compositor Carlos Henrique Costa leu dois de seus poemas, acompanhado pelo Coral Felicidade da Mútua dos Magistrados do Rio de Janeiro, com a regência do maestro Wellington Ferreira, que interpretou o Hino Nacional, “O sole mio” e “ Feitiço da Vila”.
Violonista Gabriela Rafael e o desembargador e percussionista Marco Aurélio Bezerra de Melo
A noite teve, ainda, a apresentação do desembargador e percussionista Marco Aurélio Bezerra de Melo e da violonista e cantora Gabriela Rafael mostrando composições próprias, e a dupla de violão/violino Rafael Dias Belo e Samuel Silva que interpretaram “Cine Baronesa”, de Guinga, e “Cravo e Canela”, de Milton Nascimento. O cantor Maurício Sampaio empolgou com “Hoje”, de Taiguara, e “Love is all”, na versão da música dos Beatles, assim como Zélia Cursino, que cantou “Onde Anda Você”, de Hermano Silva e Vinícius de Moraes, e “Corcovado”, de Tom Jobim. Andiara Pereira mostrou “ A Paz”, de Gilberto Gil, e “ Isto Aqui é o que É?”, de Ary Barroso.
O maestro Wellington Ferreira, idealizador do projeto Clube da Música na Justiça apresentou a valsa “Fascinação”, de versão de Armando Louzada; “Eu Sei Que Vou te Amar”, de Tom e Vinícius; e “Let It Be”, de Lennon e McCartney. O apoteótico encerramento da noite ficou por conta do Quinteto de Jazz/ MPB do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, saudados de pé depois de executarem “Chega de Saudade” e “ O Morro não tem Vez”, duas canções de Tom e Vinícius. Os deuses da música e da justiça devem ter aplaudido também.
Fonte: TJ-RJ