Os magistrados têm até o fim desta semana para responder ao Censo Nacional do Judiciário promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pesquisa foi prorrogada até esta sexta-feira (20/12). Segundo dados da última consulta realizada, o órgão de planejamento estratégico do Judiciário brasileiro havia registrado a participação de 10.213 membros da Justiça, ou seja, 60,41% do total de 16.907 juízes, desembargadores, conselheiros e ministros de tribunais superiores atualmente em atividade.
O relatório com o número de participantes da pesquisa foi consultado às 18 horas de segunda-feira (16/12). Os dados são atualizados em tempo em real e podem ser visualizados aqui.
O membro da Comissão Permanente de Eficiência Operacional e Gestão de Pessoas do CNJ e coordenador do Censo, conselheiro Paulo Teixeira, explicou que o objetivo do estudo é traçar o perfil da magistratura brasileira. Por essa razão, o questionário, que foi elaborado pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ, traz perguntas de cunho pessoal (como sexo e estado civil, por exemplo), profissional (média de horas trabalhadas e estrutura de trabalho) e subjetivo (relacionamento do magistrado com o tribunal e nível de satisfação que ele sente em relação ao trabalho).
Segundo o conselheiro, a partir desses dados, o CNJ poderá elaborar políticas mais adequadas aos problemas do Judiciário. “O Judiciário tem desafios a vencer. A morosidade dos processos é um deles e isso passa pela estrutura física e de pessoal existente nos tribunais. Conhecer essa situação ajuda no planejamento de estratégias e na adoção de ações necessárias para a solução dessas questões”, explicou.
Apenas 10 minutos – Teixeira ressaltou a importância de os magistrados participarem do Censo, que não exige mais que 10 minutos para ser respondido. O questionário está disponível no portal do CNJ e pode ser acessado aqui. Os dados fornecidos são sigilosos e serão divulgados somente em 2014 em um estudo genérico, sem a menor possibilidade de identificação dos participantes.
De acordo com a consulta realizada, a maior parte dos tribunais registrou mais de 50% de participação. Entre os superiores, por exemplo, o Superior Tribunal Militar foi o que apresentou o maior índice de respostas: 87,23%.
Já entre os cinco Tribunais Regionais Federais (TRFs), registrou maior adesão o da 4ª Região (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), com a participação de 63,78% dos magistrados. Entre os Tribunais Regionais do Trabalho (TRT), o da 14ª Região (Rondônia e Acre) ficou em primeiro lugar com a participação de 100% de seus membros.
Na Justiça dos Estados, o Tribunal do Amapá se destacou ao registrar a participação de 95,12% de seus juízes e desembargadores. E com relação à Justiça Militar, os Tribunais do Rio Grande do Sul e São Paulo apresentaram 100% de adesão ao censo.
Estudo semelhante foi realizado pelo CNJ com os servidores dos diversos tribunais do País. Mais de 173 mil servidores responderam ao questionário elaborado pelo CNJ. O Brasil conta atualmente com cerca de 285 mil serventuários.
Fonte: Agência CNJ de Notícias