A presidente do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), Leila Mariano, negou nesta segunda-feira (04/11) falha na segurança no Fórum de Bangu, onde duas pessoas morreram na tentativa de resgate de presos considerados perigosos na última quinta-feira (31/11). A desembargadora classificou a ação dos 15 bandidos armados de atentado.
Segundo Leila Mariano, os policiais militares escalados para a segurança da oitiva dos presos no fórum conseguiu impedir o resgate e garantir que nenhum dos civis no prédio fosse atingido. Um policial militar que atuou para impedir a ação, no entanto, morreu na hora.
O juiz responsável pelo Fórum de Bangu, Alexandre Abrahão, também destacou que a polícia agiu de forma “imediata”. “Ninguém sofreu um arranhão porque os policiais do 14º Batalhão se preocuparam não apenas em conter a ação, mas em salvar as pessoas que estavam lá, dentre as quais, crianças e mulheres”, disse.
O TJ-RJ se solidarizou com as vítimas do episódio, que também terminou na morte de uma criança de 8 anos, e colocou à disposição das famílias das vítimas equipes de psicólogos e assistentes sociais.
Para impedir que a ação ousada de bandidos se repita, o TJ-RJ vai discutir a adoção de videoconferências em audiência pública no dia 13.
Outra medida proposta pelo órgão é a redução de trajetos e a agilidade na transferência de presos de presídios de segurança máxima para salas de audiência.
“Precisamos repensar alguma coisa. Logicamente isso não significará levar o fórum para dentro do presídio. Não levaremos defensores, juízes promotores, muito menos testemunhas e vítima. Precisamos de meios eletrônicos”, reforçou Leila.
A presidenta do tribunal espera também obter discutir medidas mais imediatas em reunião hoje (05/11) com o governador Sérgio Cabral e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
Fonte: Agência Brasil