Notícias | 13 de agosto de 2013 16:39

Amaerj lança segunda edição do Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos

A segunda edição do Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos foi lançada, em 12 de agosto, com muitas homenagens, música, dança e emoção. O auditório Antônio Carlos Amorim, na Emerj, recebeu 250 convidados, representando diversas esferas da sociedade. Magistrados, políticos, empresários e movimentos sociais prestigiaram a cerimônia, que teve apresentação da Orquestra Maré do Amanhã, do coral Canta Detran, e do grupo de dança e percussão Makala, do AfroReggae.

Cópia de Cópia de IMG_3476   250 representantes da sociedade brasileira participaram do lançamento do 2º Prêmio Juíza Patrícia Acioli

A presença mais marcante foi a da família da juíza Patrícia Acioli, que ficou muito emocionada com as homenagens. Todos se lembraram da luta, do caráter, do comprometimento da magistrada com a Justiça e com a garantia dos direitos dos mais humildes.

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Cláudio dell’Orto – Presidente da Amaerj
A cerimônia teve início com o discurso do presidente da Amaerj, Cláudio dell’Orto, anfitrião do evento.  “Este é um evento para marcar a vida, para celebrar a vida e a esperança. Quando naquele trágico 11 de agosto, o nosso Poder Judiciário foi ferido mortalmente com aqueles disparos, que tiraram a vida da nossa colega, a magistratura do Rio de Janeiro estava naquele instante assumindo um compromisso que não pode ser deixado de lado, um compromisso de mostrar à sociedade brasileira que os juízes não podem ter medo”, ressaltou.

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Denise Appolinária – Diretora de Direitos Humanos da Amaerj
A juíza Denise Appolinária, diretora de Direitos Humanos da Associação, apresentou o objetivo do prêmio aos convidados. “O Prêmio, neste ano, está mais abrangente, não só pela premiação, mas pelo público-alvo, chegando a toda população através dos movimentos sociais e das escolas. Essa é uma decorrência da força impactante da memória da Patrícia e de tudo que ela significa. Nosso objetivo é destruir muros e construir pontes, buscando sempre a defesa dos direitos humanos”, enfatizou.

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Desembargador Siro Darlan
O desembargador Siro Darlan falou sobre a luta e o exemplo deixado por Patrícia Acioli. “Se hoje a sociedade resiste e está nas ruas clamando por justiça, isto é semente da nossa querida Patrícia. Hoje é o dia para lembramos dos direitos humanos. O Pacto de São José da Costa Rica nos convida a respeitar a vida, e é em memória de uma pessoa que foi sacrificada porque se dedicou a essa sociedade como juíza que esse Prêmio foi criado. Em respeito à memória de Patrícia Acioli, e não só de Patrícia Acioli, mas de muitas Patrícias, Amarildos, Gabrielas, Marias, Márcios, muitos que são sacrificados pelas forças públicas, que nós, representando a Justiça, temos uma responsabilidade muito grande para dar uma resposta efetiva, eficaz, verdadeira, honesta, com o nosso trabalho e, sobretudo, com a coragem que Patrícia Acioli teve para enfrentar a criminalidade”, refletiu.

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Deputado federal Chico Alencar
O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) falou sobre a importância do prêmio. “Desde que foi instituído o Prêmio Patrícia Acioli, eu fiquei comovido e feliz, porque é uma maneira de lembrar da Patrícia. Os valores são imorredores, não se assassina a justiça, a solidariedade e a coragem. O Prêmio, sobretudo por ter esse aspecto pedagógico e didático de chegar até os mais jovens, perpetua a luta da Patrícia, que é uma lição cotidiana para todos nós”, lembrou. 

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Subsecretária municipal de Educação do Rio de Janeiro Helena Bomeny
A subsecretária municipal de Educação do Rio de Janeiro, professora Helena Bomeny, lembrou a importância para os alunos da rede municipal de ensino terem contato com o Poder Judiciário. “Também queremos formar Patrícias nas escolas do Rio. Os alunos que estão aqui tiveram uma lição de democracia e de valores da aguerrida juíza Patrícia Acioli, que lutou pela justiça do nosso país. Temos uma parceria com a Amaerj há 4 anos para o Conhecendo o Judiciário, porque os nossos alunos só conseguiam conhecer a Justiça pelo lado errado e agora eles têm o Judiciário como parceiro, que pode ajudar. Por isso, me sinto honrada em saber que os alunos da rede pública escreverão sobre direitos humanos”, exaltou. 

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Deputado federal Jean Wylys 
O deputado federal Jean Wylys (PSOL-RJ) comentou sobre a história dos direitos humanos e da importância de pessoas como a juíza Patrícia.  “A primeira vez que ouvimos falar dos direitos humanos como entendemos hoje foi na declaração de 1948 e isso aconteceu depois da experiência trágica do nazismo, que dizimou 6 milhões de pessoas porque eram diferentes. A partir daquele pacto internacional convencionou-se entre os países que os direitos humanos são aqueles inatos à pessoa humana. Mas apesar dessa boa vontade, a história nos mostra que os direitos humanos nem sempre foram reconhecidos, ou melhor, nem sempre a humanidade das pessoas de alguns grupos foi reconhecida, as mulheres, os homossexuais, os negros, os povos indígenas, os pobres de maneira geral. Por isso, todos nós devemos estar engajados na luta pelo reconhecimento da humanidade das pessoas, foi isso que Patrícia Acioli fez e, infelizmente, por fazer isso sua vida foi ceifada”, lamentou.

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Secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos Zaqueu Teixeira
O secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, falou sobre mobilização e políticas públicas em prol dos direitos humanos. “É uma satisfação estar junto da Associação dos Magistrados no lançamento da 2ª edição do Prêmio Patrícia Acioli. Que a gente consiga através do Prêmio, efetivamente, estimular o aperfeiçoamento das políticas públicas para os direitos humanos, que possam ter absorção pela sociedade. Quanto mais a sociedade estiver mobilizada para a não violação dos direitos humanos, mais teremos uma sociedade desenvolvida garantindo a dignidade da pessoa humana. Parabenizo a Amaerj pela iniciativa da valorização das práticas humanísticas”, concluiu.

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Monsenhor Sérgio Costa Couto
O monsenhor Sérgio Costa Couto falou sobre a harmonia necessária em uma sociedade. “Nem o cidadão deve ter medo do Estado, nem os agentes do Estado devem ter medo do cidadão. A Igreja sempre passa a mensagem da pacificação da sociedade, mas que não seja uma inércia, que não seja uma renúncia a direitos. Por isso, que Deus abençoe a todos que praticam o bem e cumprem a missão”, declarou.

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José Augusto – Familiar da juíza Patrícia Acioli
Por fim, foi a vez da família da juíza Patrícia, representada pelo cunhado da magistrada, Sr. José Augusto, falar sobre o prêmio. O discurso foi marcado pela emoção e pela gratidão. “O Prêmio é uma iniciativa muito positiva, que homenageia demais a memória da Patrícia e a família agradece muito a Amaerj por esse belíssimo espetáculo. Para quem perde alguém querido a dor maior é imaginar que aquela pessoa poderia estar aqui participando de tudo que está acontecendo. Imaginamos a Patrícia com aquele senso de justiça extremo, uma pessoa que realmente se indignava profundamente em prol de justiça. Patrícia foi uma pessoa revolucionária, que transbordava vida e que salvou muitas vidas”, acrescentou. 

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A Amaerj também lançou ontem o hotsite da premiação. Informações, regulamentos e conteúdo multimídia podem ser encontrados no site www.amaerj.org.br/premio  e também no Facebook do Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos

Cópia de Cópia de IMG_3684Familiares da juíza Patrícia Acioli agradeceram a homenagem feita pela Amaerj à memória da magistrada

 

 

Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj | Fotos: Luis Henrique Vicente