Magistrado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) desde 1984, o desembargador Fernando Foch de Lemos Arigony da Silva se aposentará no próximo dia 30, quando completará 75 anos. Homenagem ao magistrado realizada pela 2ª Câmara de Direito Privado, nessa quarta-feira (23), reuniu colegas, servidores e familiares do desembargador.
Estiveram no evento integrantes da Administração do TJ-RJ, os desembargadores Ricardo Couto (presidente), Claudio Brandão (corregedor-geral da Justiça), Suely Lopes Magalhães (1ª vice-presidente), Maria Angélica Guedes (2ª vice-presidente) e Heleno Pereira Nunes (3º vice-presidente).
Magistrados destacaram a firmeza de posicionamento, o profundo conhecimento jurídico e a cordialidade do desembargador Fernando Foch.
“Hoje nos despedimos formalmente de um magistrado cuja trajetória inspira admiração e respeito. Sua conduta ilibada e seu compromisso com a Justiça deixam um legado que continuará a influenciar gerações futuras”, afirmou o presidente Ricardo Couto.
A presidente da 2ª Câmara de Direito Privado, desembargadora Helda Meireles, disse que “a aposentadoria de um magistrado representa o coroamento de uma trajetória, e a do desembargador Foch é exemplar, dedicada ao serviço público e ao Judiciário”.
Emocionado, o desembargador Fernando Foch agradeceu as homenagens e relembrou os desafios e aprendizados vividos ao longo de sua carreira.
“Há 41 anos, um jovem advogado percebeu que sua vocação era a Magistratura. Porque percebeu que é o Judiciário que realiza o ideal de justiça. É ao Judiciário que o mais desvalido dos cidadãos, tanto quanto a mais poderosa corporação, se dirige para repor a ordem jurídica. É uma missão nobilíssima. Nós somos o único Poder ao qual alguém se dirige e pode conseguir a alteração da vontade política do estado. E nesses 41 anos, vivi muito intensamente um ideal de justiça. Vou levar a consciência do dever cumprido e a amizade de todos vocês. Nessa casa me senti em família”, concluiu o magistrado.
Carioca, Fernando Foch era jornalista quando decidiu cursar a Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na qual se graduou em 1976. É mestre em Direito Constitucional e exerceu o magistério superior. Como advogado, foi assessor da Presidência do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na gestão de Eduardo Seabra Fagundes, assistente jurídico da União e assessor jurídico do Conselho Nacional de Cinema (Concine), atual Ancine.
Ingressou na Magistratura pelo 5º Concurso, em 1984. Atuou nas Comarcas de Itaguaí, Angra dos Reis e Paraty, além da Capital. Foi juiz auxiliar da Corregedoria Geral da Justiça e da Presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ). Promovido a desembargador em 2005, integrou o Órgão Especial e o Tribunal Especial Misto.
(Com informações do TJ-RJ)
Leia também: Almoço reúne dirigentes da AMAERJ e magistrados aposentados no TJ
Nove desembargadores do TJ-RJ participarão de seminário sobre o projeto do novo Código Eleitoral
Magistrados tratarão na EMEDI de cooperação jurídica nacional e internacional