O Tribunal de Justiça do Rio prestou homenagem, nesta quarta-feira, dia 20, a juíza Thelma Araújo Esteves Fraga, falecida em novembro passado, dando o seu nome ao auditório do Fórum de Jacarepaguá. Na solenidade, estavam presentes a mãe da magistrada, Selma Silva de Araújo, e a filha Ana Carolina Araújo Esteves Fraga; juízes, servidores e pessoas que participaram do projeto Grão, projeto social que trata da reinserção de presidiários na sociedade, do qual ela foi uma das idealizadoras. Segundo a juíza Raquel de Oliveira, diretora do Fórum de Jacarepaguá e 1º tesoureira da Amaerj, a juíza Thelma Araújo, por sua sensibilidade e amor ao próximo, merecia esta e outras homenagens.
“Ela era muito dedicada ao trabalho e se preocupava muito com as pessoas, principalmente com os jurisdicionados. Thelma queria ver o resultado de seu trabalho, não só o resultado estatístico, mas na sociedade. Além disso, era muito empolgada, alegre; era também uma mulher à frente de seu tempo”, afirmou a magistrada.
Mãe e filha da juíza Thelma Fraga com a juíza Raquel de Oliveira | Foto: TJ-RJ
Após o descerramento da placa, na entrada do auditório, o Deape exibiu um vídeo com imagens da juíza Thelma Freitas. Ela, que foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) aos 47 anos, exerceu a magistratura por 18 anos. Desde 2010, atuava no 16º Juizado Especial Cível de Jacarepaguá.
A mãe da juíza, ao se lembrar do carinho com que a filha se dedicava ao seu trabalho, fez um apelo aos presentes: “não deixem que o projeto Grão esmoreça. Ela dedicava muito amor a este projeto”.
O artista plástico Rubens Mota, ex-presidiário que participou do Grão, disse que a magistrada lhe deu a mão em um momento difícil na vida. “Nos conhecemos quando eu ainda estava no sistema penitenciário. Ela me fez refletir sobre o meu comportamento e me ajudou a ver a arte com outros olhos. Hoje, não quero mais nada de ninguém, nada que não me pertença. Ela me deu estrutura”.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj com informações do TJ-RJ