O “Fantástico” (TV Globo), a “GloboNews”, o jornal “Folha de S.Paulo”, o “PlayPlus” (streaming da TV Record) e o site “UOL” são os finalistas da categoria Reportagens Jornalísticas do 13º Prêmio AMAERJ Patrícia Acioli de Direitos Humanos.
As reportagens foram selecionadas dentre 302 inscrições pela Comissão Julgadora, que é integrada pelos jornalistas Gilberto Scofield Jr., Natalia de Mattos Lambert Soares e Pedro Bassan.
Confira os finalistas, pela ordem alfabética:
“Cerco às aldeias”
A série de reportagens da “Folha de S.Paulo” levou um ano para ser feita. Foram meses de negociação com lideranças dos territórios mais invadidos pelo garimpo, mais especificamente das aldeias cercadas pela exploração predatória de ouro. A série mostrou os absurdos e o cotidiano de comunidades com quintais tomados por invasores. São autores Vinicius Sassine e equipe.
“Filhos do Açaí”
O Brasil tem mais de 1,8 milhão de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. Na região de maior produção de açaí no mundo, essa mão de obra é confundida com questões culturais e de tradição familiar. O “PlayPlus” mostrou os riscos do trabalho infantil na colheita do ouro negro da Amazônia. A autora é Mariana da Cunha Soares.
“Fotos e vídeos de crianças são roubados das redes para alimentar mercado criminoso”
A equipe do “Fantástico” acompanhou por quatro meses salas de bate-papo e grupos de trocas de mensagens para mostrar como o comércio de imagens de crianças ocorre livremente na internet. E um novo crime chegou ao Brasil: livestreaming de abuso sexual infantil, realizado por pessoas próximas das vítimas. A autora é Monica Teixeira Marques.
“Por trás das câmeras: PM executou, torturou e forjou provas em ação no Guarujá”
Testemunhas, familiares e vizinhos de pessoas mortas na Operação Escudo apontam, em reportagem audiovisual exclusiva do “UOL”, que PMs executaram, torturaram, ameaçaram, forjaram provas e alteraram cenas de crime em ações na Baixada Santista durante os meses de agosto e setembro de 2023. O autor é Luís Henrique Vieira Adorno.
“‘De toda cor’: Os desafios para pessoas trans e o mercado de trabalho”
Estudo revela que 0,38% dos postos de trabalho no país são ocupados por pessoas trans e que apenas 4,5% das pessoas LGBTQIA+ têm emprego. É o que mostra a série de reportagens do “J10”, da GloboNews. O autor é Lucas Willian Soares Machado.
Premiação
Os vencedores serão revelados na solenidade de premiação, que acontecerá em 7 de novembro, no Plenário Ministro Waldemar Zveiter, no Fórum Central do TJ-RJ.
O primeiro lugar de cada categoria ganhará R$ 17 mil; o segundo, R$ 12 mil; o terceiro, R$ 6 mil. Os três primeiros colocados receberão troféus. Os demais finalistas serão homenageados com menções honrosas.
Na categoria Trabalhos dos Magistrados, não haverá premiação em dinheiro. Os três primeiros colocados receberão troféus.
Confira aqui os finalistas de todas as categorias.
Prêmio
Criado em 2012, o Prêmio homenageia a memória da juíza Patrícia Acioli, morta por policiais militares em 2011, quando era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.
A premiação tem o objetivo de identificar, disseminar e estimular as ações em defesa dos direitos humanos, dando visibilidade a práticas e trabalhos na área.
O Prêmio tem apoio do TJ-RJ e da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ). Os patrocinadores são o Bradesco, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Multiplan, o cartório Quinze, a Prefeitura do Rio e a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).
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