AMAERJ | 15 de agosto de 2024 18:36

Presidente da AMAERJ participa da abertura de exposição dos COGENs e do Museu da Justiça

Juíza Eunice Haddad e desembargadores Ricardo Cardozo e Wagner Cinelli

O tradicional Salão dos Espelhos, localizado no terceiro andar do Museu da Justiça, no Centro do Rio de Janeiro, ganhou um novo significado. Com o objetivo de conscientizar sobre temas como preconceito, discriminação e vulnerabilidade, a exposição “Quem sente na pele”, realizada em parceria com os Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação do TJ-RJ (COGENs), foi inaugurada nesta quinta-feira (15), com a presença da presidente da AMAERJ, juíza Eunice Haddad.

Na mostra, o visitante poderá ver, no próprio reflexo, situações em que o assédio moral ou sexual é vivenciado. Esta é a primeira experiência de quem passa pela exposição, que nasceu após a coleta dos COGENs de depoimentos de magistrados e servidores, feita desde outubro do ano passado. O resultado está em cinco salas que possibilitam o exercício de se colocar no lugar de quem sofre diversos tipos de assédio.

Após este primeiro momento, em que o visitante se depara com frases comumente ditas em ambientes tóxicos de trabalho e recebe informações sobre as leis mais recentes que protegem o empregado, ele é convidado a ouvir a voz de Elza Soares, que interpreta a canção “A Carne”, uma composição de Seu Jorge, Marcelo Yuka e Ulisses Cappelette, que se transforma na trilha sonora de uma exposição de notícias e informações sobre o racismo no mercado de trabalho.

Em seguida, pode conhecer objetos místicos de diversas religiões praticadas no Brasil, em tributo à liberdade de pensamento, consciência e religião, um direito inerente ao ser humano. O destaque fica para a sala “não adaptada” às deficiências, convocando o visitante a uma experiência sensorial e reflexão profunda acerca de ambientes de trabalho capacitistas.

Ao fim, os COGENs apresentam uma árvore de recomeços, para que as pessoas escrevam em folhas seus pensamentos acerca da exposição e compartilhem com outrem.

Inauguração

No evento inaugural da exposição, discursaram o presidente do TJ-RJ, desembargador Ricardo Cardozo, o presidente dos COGENs, desembargador Wagner Cinelli, a presidente da Comissão Permanente de Avaliação Documental (COPAD), desembargadora Denise Levy Tredler, e o músico Vanderlei Pereira.

O presidente Ricardo Cardozo afirmou que é dever do TJ-RJ proteger os servidores e toda a sociedade. “Nós não vamos permitir o assédio, não vamos permitir que uma servidora ou servidor seja assediado”, disse.

O assédio religioso foi tema do discurso da desembargadora Denise Levy Tredler, que convidou os presentes para a Jornada Interdisciplinar do Ensino do Holocausto e Direitos Humanos, que será realizada este mês na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ). “Esse projeto do Tribunal é realmente maravilhoso porque ele mostra que não devemos discriminar quem quer que seja, devemos respeitar”, afirmou a magistrada.

Ao elencar os objetivos do projeto “Quem Sente na Pele”, o desembargador Wagner Cinelli disse que é necessário “falar dessas vulnerabilidades, ter respeito às pessoas, ainda mais no espaço de trabalho”.

Também estiveram no evento as desembargadoras Suely Magalhães, 2ª vice-presidente do TJ-RJ, Denise Nicoll, Renata França e Ana Cristina Dib.

A mostra ficará no Salão dos Espelhos, no 3º andar do prédio, localizado na Rua Dom Manuel, nº 29, Centro do Rio, até o dia 15 de setembro.

Confira aqui todos os vídeos do “Quem sente na pele”.

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