A história de vida do desembargador Paulo Rangel, do TJ-RJ, foi enaltecida pelo jornal O Dia, no último domingo (3). Ex-porteiro e vendedor de loja, o magistrado falou sobre a importância dos estudos, na reportagem “Estudar vale a pena”. A matéria contou histórias de quem se debruçou sobre os livros para vencer na vida, apesar de adversidades. “Os livros salvaram a minha vida, e a educação me abriu as portas”, afirmou o magistrado ao jornal.
O desembargador de 50 anos, se tornou, em 2010, o primeiro promotor negro do Ministério Público nomeado desembargador do Tribunal de Justiça pelo governador. Ex-porteiro das Casas Pernambucanas, Paulo Rangel publicou seis livros e fala três idiomas: inglês, italiano e espanhol. “Não sou gênio. Só estudei mais”, ensina o professor da Uerj, aprovado em 1º lugar no concurso.
?Paulo Rangel, desembargador do TJ, 50 anos | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
“Fui vítima de preconceito racial, o que só me fortaleceu. Cedo tive que ajudar em casa. Trabalhei como porteiro das Casas Pernambucanas e depois fui ser vendedor da Mesbla. Estudei até passar para a Polícia Civil. Em 1992, entrei para o Ministério Público. Éramos sete negros entre 800 membros. Nenhum país cresce sem educação. Sou exemplo vivo”, concluiu.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj