Os plenários do Tribunal Pleno e do Órgão Especial e o Salão Nobre do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) passaram a ter os nomes do ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Waldemar Zveiter e dos saudosos desembargadores Estenio Cantarino Cardozo (1931-2018) e José Joaquim da Fonseca Passos (1919-2016). A presidente da AMAERJ, juíza Eunice Haddad, acompanhou a cerimônia de nomeação dos espaços, nesta segunda-feira (23), no Foyer do Fórum Central do TJ-RJ.
O plenário do Tribunal Pleno foi nomeado ministro Waldemar Zveiter. Ele presidiu a OAB-RJ (Seccional Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil) de 1973 a 1976. Foi desembargador do Tribunal do Rio de 1983 a 1989, quando tomou posse como ministro do STJ. Atuou no Tribunal da Cidadania até 2001.
Filho do ministro, o desembargador Luiz Zveiter, decano e ex-presidente do TJ-RJ, agradeceu a homenagem ao pai, que tem 91 anos e não pôde estar presente. No discurso, ele também falou sobre sua relação com as famílias dos demais homenageados.
“Minha vinculação com as famílias dos dois é enorme. Papai foi advogado dos magistrados na época da fusão. Aprendi muito com o desembargador Estenio. E o desembargador Fonseca Passos foi a pessoa no Judiciário que me ensinou a ser juiz. Eles legaram muito ao Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. Esse é um momento ímpar para nossas famílias. É uma marca que ficará no Judiciário de pessoas que engrandeceram do Tribunal de Justiça. Agradeço imensamente ao desembargador Ricardo [Cardozo] por essa homenagem”, disse o desembargador Luiz Zveiter.
O plenário do Órgão Especial agora tem o nome do desembargador Estenio Cantarino Cardozo. Ele ingressou na Magistratura em 1965 e presidiu o 2º Tribunal de Alçada em 1995. Integrou a Comissão do Estatuto da AMAERJ em 1991, após a fusão da AMF (Associação dos Magistrados Fluminenses) com a AMARJ (Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro). Em 1997, assumiu a presidência interina da Associação por três meses.
O desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, presidente do TJ, destacou a atuação do pai pela unidade da classe. “O desembargador Estenio Cantarino Cardozo sempre lutou pela Magistratura fluminense. Ele e poucos nessa sala viveram um momento histórico da fusão dos antigos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro. Naquela época eram duas Magistraturas absolutamente separadas, que não se falavam. Por isso é necessário lembrar para não acontecer mais. A Magistratura tem que ser unida. Ele foi símbolo dessa união. Hoje, eu e minha família ficamos muito sensibilizados de o Tribunal prestar essa homenagem porque é o resgate não só a ele, mas a todos que vivenciaram isso. É um dia muito especial, um momento de muita emoção.”
O Salão Nobre passou a se chamar desembargador José Joaquim da Fonseca Passos. Ele tomou posse como juiz em 1960 e presidiu o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) de 1985 a 1989. Foi o 13º presidente da AMARJ (Associação dos Magistrados do Rio de Janeiro), no biênio 1980-1981.
O desembargador Carlos Eduardo da Rosa da Fonseca Passos, também ex-presidente do TRE, lembrou uma importante conquista do pai à frente da Associação. “Ele teve um espírito associativo. Durante a sua gestão na AMARJ foi adquirida a sede de Vargem Grande, que hoje proporciona conforto e lazer para magistrados e familiares. Eu e minha família ficamos muito envaidecidos com essa homenagem. Considero, sem qualquer cabotinismo, que essa homenagem aos três é mais do que justa. Muito obrigado.”
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