O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) inaugurou, nesta segunda-feira (23), o Espaço de Arte Desembargador Deocleciano Martins de Oliveira Filho. A presidente da AMAERJ, juíza Eunice Haddad, esteve no evento, no hall da Lâmina 3 do Fórum Central. O local homenageia o magistrado que ficou conhecido como o “Escultor da Justiça”.
Participaram da inauguração os desembargadores Ricardo Rodrigues Cardozo, presidente do TJ-RJ; Wagner Cinelli, presidente do Comitê de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação (Cogen); e Paulo Sérgio Fabião. Acompanharam a solenidade magistrados do TJ-RJ, entre eles a juíza Marcia Succi, 1ª tesoureira da AMAERJ.
Deocleciano Martins de Oliveira Filho (1906-1974) nasceu na Bahia. Ingressou na Magistratura em 1946 e atuou como juiz na 22ª Vara Criminal. Promovido a desembargador do Tribunal de Justiça do Estado da Guanabara em 1965, aposentou-se em 1972.
Apaixonado pelo Direito e pela arte, ele sempre buscou aproximar as duas áreas. “Minha contensão do desejo de desenhar assumia proporções heroicas e, não raro, em plena audiência, cercado de processos, de escreventes, de advogados e de partes, numa verdadeira crise, eu mergulhava o braço dentro da gaveta e perpetrava um desenho às escondidas, fixando, quase sempre, a fisionomia de algumas das pessoas da sala”, disse o magistrado em entrevista ao jornal “Tribuna dos Livros”, em 1958.
Nas artes plásticas, produziu trabalhos de desenho, escultura e pintura. Em 1966, elaborou o projeto de execução das esculturas “Lei, Justiça e Equidade”, “O Testemunho” e “Rui Barbosa”, que ornamentam as fachadas e o entorno o Fórum Central do TJ-RJ. Para a decoração interna do prédio, concebeu uma série de 44 relevos inspirados nas parábolas do Novo Testamento, descritos em seu livro “As Parábolas”, publicado em 1969.
Na inauguração do espaço, o presidente do TJ-RJ destacou a importância da homenagem. “Não conheci o desembargador Deocleciano, mas sempre quis homenageá-lo. Suas obras são muito bonitas, ele tinha uma sensibilidade de artista. De onde ele estiver, ele está vendo que o Tribunal não o esqueceu. A memória do Tribunal não pode ser perdida. Que todos possam usufruir deste grande espaço cultural”, afirmou o desembargador Ricardo Cardozo.
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