*O Globo
O Tribunal de Justiça manteve a prisão do anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrilo, preso nesta segunda (16) acusado de estuprar duas pacientes sedadas em cirurgia e investigado por ter milhares de imagens de pornografia infantil. A decisão foi da juíza Mariana Tavares Shu, que não analisou o mérito da prisão, somente a legalidade do mandado expedido. O médico passou nesta terça-feira (17) pela audiência de custódia.
Durante a audiência, a defesa de Andres pediu a transferência do médico para “um local que possa garantir sua segurança, haja vista a repercussão do caso, bem coo seu encaminhamento para atendimento médico, pois faz uso de remédio controlado”. A juíza Mariana Tavares Shu aceitou o pedido dos advogado do colombiano e determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária “acautelar o preso em local que possa garantir sua integridade física, haja vista a natureza e gravidade do fatos.
A Justiça também determinou que o médico passe por um novo exame de corpo de delito. Durante a audiência, Andres Carrilo narrou não ter sofrido agressões, mas que “apertaram muito suas algemas e ficou com marcas no braço”. O médico ainda afirmou em seu depoimento ao Tribunal de Justiça que “pediu para soltar um pouco mas o policial disse que só afrouxaria a algema após prestar seu depoimento”. Como o colombiano, ao passar pelo primeiro exame no IML não relatou o fato, a magistrada determinou que ele refaça o exame de corpo de delito.
“Quem colocou as algemas foi um policial civil. Não soube dizer o nome do policial, sendo que era branco, tinha barba e usava óculos. Foi um dos policiais que o conduziu à Delegacia”, diz trecho do despacho da audiência de custódia.
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