Notícias | 03 de agosto de 2017 13:30

‘Não há superlotação no Complexo de Gericinó’, diz corregedor-geral

Mais de 28 mil pessoas estão presas atualmente no Complexo Penitenciário de Gericinó. Nesta quarta-feira (2), o corregedor-geral da Justiça, Claudio de Mello Tavares, e os juízes-auxiliares da CGJ Luiz de Mello Serra e Leandro Loyola visitaram as penitenciárias. “A lei de execução penal está sendo rigorosamente observada. Nas unidades que visitamos, sem marcar com antecedência, não constatamos superlotação”, disse Tavares.

Os magistrados conheceram as penitenciárias Lemos de Brito (Bangu 6), Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1) e Talavera Bruce (feminina), além da Unidade Materno Infantil (UMI), onde ficam as detentas com filhos de até 6 meses. Eles conversaram com o coordenador das Unidades Prisionais de Gericinó, Wellington Nunes da Silva, que mostrou o scanner corporal, aparelho de revista que indica objetos metálicos.

O corregedor fez questionamentos sobre a quantidade de presos em cada unidade, a alimentação servida, os cursos oferecidos e se havia superlotação. Nunes esclareceu todas as dúvidas e elogiou o trabalho que vem sendo feito pela Vara de Execuções Penais.

Na penitenciária Lemos de Brito são oferecidos aos internos cursos de marcenaria, capoeira, corte e costura e música, além de uma pequena biblioteca. Em Bangu 1, o grupo conheceu uma das quatro galerias (com 12 celas individuais cada), onde ficam criminosos considerados de alta periculosidade ou que estejam em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Cada preso fica trancado sozinho na cela 22 horas por dia tendo direito a duas horas de banho de sol dentro da própria galeria.

Na Penitenciária Talavera Bruce há 430 internas, sendo 21 grávidas. Quando as crianças nascem, elas ficam na UMI com as mães até completarem 6 meses quando são entregues à família da detenta. Na padaria da Talavera são produzidos diariamente cerca de 13 mil pães, que são distribuídos para cinco das 25 unidades prisionais de Gericinó. Da cozinha saem, por dia, cerca de 5,8 mil quentinhas.

Diferentes cursos são oferecidos para as internas, como o de técnico de contabilidade (convênio com o Senac). Entre os oferecidos por ONGs, que devem começar a ser ministrados em breve, estão os de tecelagem, de cabelereira e de manicure. A grande maioria das detentas (cerca de 60%) cumpre pena por tráfico de drogas, 10% por homicídio e os outros 30% por outros crimes, como roubo e furto.

Todas as unidades, segundo Nunes, aceitam doações de livros para as bibliotecas e de materiais diversos como madeira (cedro, mogno, argeli-pedra e outras que possam ser esculpidas), tecidos, instrumentos, esmaltes e outros objetos que possam ser usados nos cursos profissionalizantes.

(Com informações e fotos da CGJ)