Destaques da Home | 20 de agosto de 2016 10:57

‘Aqui as instituições funcionam’, diz Marcello Rubioli sobre caso de nadadores norte-americanos

marcello rubioli

O coordenador do Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do TJ-RJ, juiz Marcello Rubioli, destacou a atuação do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Civil no caso dos nadadores norte-americanos envolvidos em uma falsa comunicação de roubo. “Foi a resposta a quem diz que brasileiro tem complexo de vira-lata. Aqui as instituições funcionam. Aqui pode se divertir, mas tem que respeitar o direito dos outros”, disse.

O Juizado acompanhou o episódio desde o início, quando foi informado de que existia contradições nas versões dos atletas. “Apoiamos a busca pela verdade real do caso, e as medidas necessárias foram sendo analisadas pelo Juizado. Quando o delegado concluiu que haveria falsa comunicação de crime, o caso foi apresentado ao Ministério Público. Demos respaldo à Polícia para perseguir os autores do fato e lavrar os termos circunstanciados para que se pudesse dar a solução ao caso. A atuação do Juizado foi chancelar a aceitação correta da lei em função da verdade”, afirmou Rubiolli.

O caso começou quando quatro nadadores dos Estados Unidos pararam em um posto de gasolina na Barra da Tijuca, depois de estarem em uma festa na Lagoa. As investigações revelaram que o grupo formado por Ryan Lochte, James Feigen, Gunnar Bentz e Jack Conger praticou vandalismo no banheiro, dando início à confusão com funcionários do posto.

Antes da elucidação do episódio, Lochte havia dito ter sido assaltado por homens com distintivos. Câmeras de segurança ajudaram na conclusão do caso. James Feigen pediu desculpas pelo falso relato de assalto e foi indiciado. O nadador esteve no Juizado do Torcedor, na quinta-feira (18), onde cumpriu acordo judicial.

A atuação do Judiciário Fluminense também foi destacada no site do jornal “The New York Times”, que entrevistou o juiz Marcello Rubioli. Leia aqui a matéria completa do portal de notícias norte-americano.

O TJ-RJ disponibilizou sete postos do Juizado para a população carioca e turistas na Olimpíada Rio 2016: Barra da Tijuca, Deodoro, Copacabana, Maracanã, Engenhão, Aeroporto Santos Dumont e Aeroporto Internacional Tom Jobim. Cada posto conta com quatro juízes (dois do próprio Juizado, um da Vara da Infância, Juventude e Idoso e um atuando como coordenador). Comissários da infância e de cartório também atuam. Já nos aeroportos, o magistrado de plantão tem competência para julgar casos relacionados ao Juizado dos Grandes Eventos e matérias sobre infância.

Ingressos falsos, cambismo, documentos falsos, provocação de tumulto, lesão corporal, desacato e crime contra o consumidor foram alguns dos casos registrados, desde o início da Olimpíada, em 3 de agosto.