Notícias | 09 de fevereiro de 2011 20:15

‘Me preparei para isso a vida inteira’, diz Fux sobre indicação ao STF

Indicado pela presidente Dilma Rousseff para ocupar a 11ª vaga do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Fux afirmou nesta quarta-feira (9), durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que a sua indicação para a Suprema Corte é o resultado de um sonho para o qual ele dedicou a vida.

“Esse para mim é um momento de realização de um sonho de fronte, um sonho pessoal, um sonho que me provou que a maior capacidade do ser humano é transformar seus sonhos em realidade. Me preparei para isso a vida inteira. São 30 anos na magistratura, são 30 anos nessa ponte por onde passam todas as misérias. Dediquei a minha vida por isso”, disse Fux.

Em um discurso emocionado, Fux lembrou a família e reafirmou seu compromisso com a ética e a responsabilidade social do magistrado. “Meu compromisso com a magistratura é de não deixar que a consciência adormeça diante dos valores da ética e da responsabilidade social do magistrado. O magistrado que assim age é o único capaz de ter o álibi perfeito para cometer injustiças”, disse.

Ao afirmar que a Justiça vale para todos, pobres e ricos, Fux disse que o “juiz sente o que é justo”. “Justiça não é algo que se aprende, justiça é algo que se sente. O juiz sente o que é justo.”

Fux começou sua intervenção na CCJ do Senado lembrando de sua trajetória e a de sua família. “Iniciei minha vida pública aos 23 anos como promotor de Justiça e aos 27 anos fiz o concurso para a magistratura”, recordou Fux.

“Em todas as minhas intervenções pela vida acadêmica costumo afirmar que um homem, quando caminha, o que vai à frente é o seu passado. A minha caminhada que hoje se submete ao crivo de vossas excelências tem como respaldo a minha família”, complementou.

O ministro lembrou ainda o dia em que foi aprovado em sabatina no Senado para a vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ). “Esse dia de hoje me leva a um mergulho ao passado. Um passado há 10 anos, quando o Senado aprovou a sabatina para o Superior Tribunal de Justiça.”

Fonte: G1