Notícias | 17 de maio de 2011 19:05

TJ-RJ sobe ao pódio no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu

O Tribunal do Rio esteve presente na edição 2011 do Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu, e não foi por nenhuma decisão judicial. Mantendo a tradição no esporte, subiram ao pódio da competição – realizada na semana passada no Tijuca Tênis Clube – os juízes Marcel Laguna Duque Estrada, campeão na categoria Faixa Preta Senior Leve, e Paulo Roberto Sampaio Jangutta, vice-campeão na Faixa Preta Senior Super Pesado.

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Juiz Marcel Laguna Duque Estrada, no pódio

Os dois magistrados, que além do Jiu-Jitsu, têm em comum a atuação na Comissão dos Juizados Especiais (Cojes), dedicaram seus títulos ao desembargador Antônio Saldanha Palheiro, presidente da Cojes e que é considerado por eles um mestre dentro e fora dos tatames – faixa preta, o desembargador é um dos adeptos mais antigos e respeitados do Jiu-Jitsu no país, além de cultivar seu preparo físico à base de subidas à Pedra da Gávea e treinos de boxe. “Somos todos discípulos do desembargador Saldanha. Eu, particularmente, o conheci antes de entrar na faculdade. Ele disse que se eu cursasse Direito me emprestaria os livros. A partir dali, passou a ser o meu orientador nas lutas da vida, sejam aquelas travadas de quimono ou de toga”, resume Jangutta, que faz questão de agradecer também à esposa, a desembargadora Kátia Jangutta, pelo apoio de sempre.

A relação do juiz Paulo Jangutta com o esporte começou cedo. Aos sete anos, já dava seus primeiros passos no Jiu-Jitsu, esporte no qual o Brasil é referência mundial. Para o magistrado, que traz no currículo ainda o campeonato mundial e o vice-campeonato brasileiro, conquistados ano passado – além do campeonato brasileiro de equipes, em 1996 –, credita ao esporte o equilíbrio e concentração tão necessários para realizar bem seu trabalho como juiz titular do 7º Juizado Especial e coordenador das Turmas Recursais. “Além de eliminar meu estresse, a prática do Jiu-Jitsu me dá a serenidade que preciso na hora de decidir”, completa ele, cujos dois filhos – de 11 e 13 anos – seguem o exemplo do pai e já ensaiam os primeiros golpes.

O juiz Marcel Laguna Duque Estrada, que já tem um filho de 7 anos também praticante do esporte, faz coro. “O Jiu-Jitsu me ensinou a cultivar a perseverança, equilíbrio e confiança. Mais do que isso, a prática da luta nos ajuda a manter serenidade mesmo em momentos tensos, como nas situações mais críticas no exercício da atividade judicante”, exemplifica o titular da 36º Vara Criminal, praticante desde os 15 anos, campeão carioca e brasileiro em todas as faixas (da azul a preta) e que se orgulha em apresentar-se como “faixa preta do mestre Carlson Gracie”. Para quem não sabe, a família Gracie foi a responsável pela implantação no Brasil dessa prática esportiva, com fundamentos filosóficos inspirados na cultura oriental.

Engana-se, porém, quem pensa que os magistrados citados aqui são exceção. Dentro do Tribunal há diversos outros juízes e desembargadores dedicados ao Jiu-Jitsu. Os desembargadores Luiz Zveiter, Antonio Cesar Siqueira e Camilo Rulieri, e os juízes Carlos Gustavo Direito – também faixa preta – e Ricardo Starling são apenas alguns exemplos.

Marcelo Pinto/Assessoria de Comunicação da Amaerj

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