A Amaerj reuniu a opinião de alguns desembargadores sobre a importância da aprovação da proposta pela instituição de eleições diretas para a mesa diretora do TJ-RJ. Confira os depoimentos dos magistrados:
Nagib Slaibi Filho – 6ª Câmara Cível
“Sem participação, sem democracia, não há Justiça, não há legitimação da função jurisdicional perante os demais cidadãos e perante aqueles que, como nós, fazem a Justiça. É indispensável a maior legitimação através da participação, a começar com o voto direto, secreto e igual para todos os magistrados na escolha de seus órgãos diretivos e dos dirigentes das Escolas Judiciais”.
Siro Darlan – 7ª Câmara Criminal
“Sendo um Poder da República, as coisas públicas devem ser compartilhadas. Compartilhar o Poder não pode ser feito por 180 desembargadores apenas. Tem que envolver os 880 magistrados”.
Cristina Gaulia – 5ª Câmara Cível
“Sou a favor das eleições diretas por ser mais democrático e mais transparente. Será mais fácil para o conjunto de magistrados cobrar os resultados eficientes da plataforma eleitoral”.
Wagner Cinelli – 17ª Câmara Cível
“A primeira instância é quem sofre as maiores dificuldades. A chance de uma melhor solução para seus problemas passa pela participação dos juízes na escolha da administração do Tribunal. Essa medida fará do Judiciário um Poder mais democrático e não tenha dúvida de que sua realização é apenas uma questão de tempo”.
Cláudio dell’Orto – 25ª Câmara Cível
“É lógico que todos os juízes, e não apenas os desembargadores, como ocorre atualmente, têm o direito de votar nas eleições às mesas diretoras de todos os tribunais de Justiça. Seria um grande exemplo de democracia. Ademais, os orçamentos dessas instituições são para todos os magistrados. Portanto, a prerrogativa do sufrágio não pode ser restrita. Se o Rio acolher os juízes como eleitores, seria um exemplo de democracia interna fantástico”.
Marcelo Anátocles – 23ª Câmara Civil
“A democratização interna do Poder Judiciário é muito importante. A participação dos juízes no processo de escolha gera um debate maior sobre o destino do Judiciário, gera uma percepção maior dos envolvidos nesse processo sucessório e da responsabilidade que é a escolha e a gestão do Poder Judiciário. A democratização não deve ser apenas votar, mas participar de todo o processo, acompanhar a gestão, discutir os destinos do Judiciário. Todos os magistrados devem participar do processo da escolha e da discussão da gestão”.