Turista brasileiro já pode viajar pelo continente, com restrições

Por Sergio Torres

As incertezas em relação ao turismo em 2021 afligem os viajantes que, por causa da pandemia do coronavírus, passaram este ano em casa, longe das praias, das montanhas, das cidades históricas, das grandes capitais europeias, americanas e asiáticas. Enfim, afastados dos destinos que atraem multidões.

O início do que se costuma chamar de segunda onda voltou a fechar países turísticos na Europa. Para entrar lá, quando conseguem autorização, o que tem sido muito raro, os brasileiros são obrigados a provar documentalmente que não estão nem estiveram doentes nos dias anteriores. Em alguns países, há até a exigência de quarentenas que se estendem por semanas.

O que vai acontecer no ano que vem? Na verdade, ninguém sabe direito. As vacinas podem vir a dar um alento ao turismo, mas ainda é uma incógnita quando elas serão aplicadas à população, não só no Brasil.

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Um dos roteiros que o brasileiro pode recorrer nas férias do verão é o da América do Sul, onde há países que já reabriram as fronteiras, mesmo com critérios restritivos.

Leia a seguir como estão os acessos e as normas de permanência dos brasileiros nos países do continente que já aceitam recebê-los.

Argentina

Só a capital Buenos Aires pode ser visitada pelo brasileiro, com entrada exclusiva pelo aeroporto de Ezeiza. Cidades turísticas, como a nevada Bariloche e Mendoza, paraíso dos apreciadores de vinho, ainda estão fechadas.

Para não ser barrado no aeroporto portenho, o turista brasileiro deve apresentar um teste PCR negativo datado de até 72 horas antes do embarque. E saiba que, mesmo em Buenos Aires, há muitas atrações fechadas. As casas de tango, por exemplo.

Peru

O mesmo critério do PCR vigente na Argentina é adotado pelas autoridades peruanas. A entrada no país deve ser feito pelo aeroporto internacional da capital Lima. Principal atração turística do país, a linda Machu Picchu já está aberta aos visitantes estrangeiros.

Chile

O país andino instituiu critérios distintos de flexibilização. Há cinco áreas que fazem exigências diferentes ao viajante. Para entrar no país, também é exigida a apresentação de um laudo médico com a indicação de que o teste PCR feito até três dias antes atesta resultado negativo. Além da contratação de um seguro com cobertura específica para Covid-19.

Na Patagônia, atrações maravilhosas, como o Parque Nacional Torres del Paine, continuavam, até dezembro, interditadas ao turista, assim como o deserto do Atacama, ao norte. Com a reabertura gradual planejada pelo governo, tanto a Patagônia quanto Atacama estarão acessíveis a partir do primeiro trimestre de 2021. As vinícolas no entorno da capital Santiago já reabriram.

Equador

O documento com o diagnóstico negativo de contaminação pelo coronavírus deve ter um prazo maior do que nos demais países da América do Sul: dez dias antes da viagem no caso de visita a cidades continentais, como a capital Quito, relíquia histórica da humanidade, e a portuária Guayaquil.

Já para Galápagos, arquipélago no Oceano Pacífico a cerca de mil quilômetros da costa equatoriana, o prazo é menor. São quatro dias, conforme as exigências sanitárias do governo equatoriano.

Colômbia

A capital Bogotá e a secular Cartagena, no litoral caribenho, já estão acessíveis aos turistas do Brasil, que devem, como já é praxe em todo o mundo, apresentar no ingresso o atestado do teste negativo do PCR com antecedência de até 96 horas antes da viagem.

As restrições de circulação interna são pequenas. Museus, parques e restaurantes já estão em funcionamento.

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