Notícias | 01 de fevereiro de 2012 14:18

Projeto Pró-Florescer transforma a vida de adolescentes carentes

Uma iniciativa aparentemente simples, mas que pode mudar a vida de jovens residentes em áreas de risco social. E já está mudando. O projeto social Pró-Florescer, do IV Juizado Criminal Especial (Jecrim), oferece a 40 adolescentes entre 12 e 18 anos um curso pré-profissionalizante, com grade curricular variada, que ajuda na preparação para o mercado de trabalho. Criado em 2006 pelo desembargador Luis Gustavo Grandinetti, quando era juiz titular do juizado, a iniciativa visa a atender os jovens moradores de comunidades nas redondezas do IV Jecrim, localizado no Leblon, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro.

Hoje, quem está à frente do projeto é a juíza Cintia Santarém Cardinali, atual titular da serventia. O projeto é mantido com o dinheiro arrecadado com as transações penais do juizado.

“O objetivo é dar ensino profissionalizante a menores que sofrem ou sofreram influência do tráfico no lugar onde moram. Eles recebem R$ 100 por participarem do projeto, ou seja, são pagos para estudar”, destacou o desembargador Grandinetti, acrescentando que o projeto conta com a parceria do Jardim Botânico, onde o curso é ministrado, e com a Associação de Amigos do Jardim Botânico, responsável pela contratação do pessoal necessário.

Além da bolsa auxílio de R$ 100, os adolescentes recebem três refeições por dia, uniforme, material didático, vale-transporte, seguro de acidentes e participam de atividades de lazer. Para fazer parte do projeto, é preciso estar matriculado em uma escola. “Hoje, há uma fila de espera de 180 jovens”, contou o magistrado.

Atualmente, são oferecidos cursos de jardinagem, reforço escolar, educação física e artística, oficina de leitura e noções de patrimônio cultural, entre outros. Os adolescentes também têm a oportunidade de fazer um estágio no próprio juizado.

Foi o caso de Thiago de Souza Santos Sete. Ele entrou para o projeto em 2006, aos 15 anos de idade, e hoje, aos 20, cursa faculdade de Direito na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ).

“Comecei como estagiário no juizado em 2007, onde passei a me interessar pelo Direito. Com isso, resolvi entrar para a faculdade. O projeto mudou completamente minha vida. Sinto que recebi uma grande oportunidade, pois com o apoio do projeto nunca parei de estudar”, disse ele, que é morador da comunidade do Parque da Cidade e está trabalhando atualmente no gabinete do desembargador Luis Gustavo Grandinetti.

Fonte: Assessoria de Imprensa do TJ-RJ