Notícias | 18 de novembro de 2015 06:17

Pesca predatória – perigo iminente de extinção de espécies

Gilberto Pinheiro

Quando o ser humano não consegue se libertar dos grilhões da insensatez, torna-se escravo de suas idiossincrasias ou disposições do temperamento, quase sempre hostil e agressivo.   Nos tempos atuais, ou seja, no início desse novo milênio, espera-se seres humanos mais evoluídos, respeitadores à vida em todas as suas manifestações.  A conceituação antropocêntrica e especista não cabe mais nos dias de hoje.  A fauna e a flora não podem continuar a ser agredidos contumazmente e as autoridades precisam ser implacáveis com os que insistem em infringir as leis protetivas aos animais e ao meio ambiente.

À luz dessas iniciais palavras, peço licença aos ilustres leitores(as) para destacar algo que nos remete à ímpar reflexão do mal que o ser humano pode causar nas sombras de sua involução.   Defensor da vida animal que sou, estudo rotineiramente sobre a fauna e o mal que o ser humano causa em desrespeito à natureza, agredindo, inclusive, a legislação específica que ampara os animais.  Isso não apenas no Brasil, mas nos quadrantes do mundo.   Hoje, destaco o malefício da pesca predatória em detrimento de algumas espécies de animais marinhos, em especial o tubarão.  

100 MILHÕES DE TUBARÕES SÃO MORTOS POR ANO –  retirada de barbatanas

Segundo informações  da International Sharck Foundation 100 milhões de tubarões são mortos por ano para retirada de barbatanas para produção de “medicamentos” afrodisíacos e para atender à arte culinária chinesa, no caso sopa de barbatana, uma iguaria comum nesse país, assim como Japão e Taiwan.  Na verdade, é uma prática extremamente cruel, haja vista que o animal é retirado do mar, tendo as barbatanas cortadas e, posteriormente, jogado no ambiente marítimo,  afundando, sendo consumido vivo por outros tubarões.   O tubarão tem olfato apuradíssimo – sente cheiro do sangue a 1 mil e 500 metros de distância, por isso, os que têm as barbatanas cortadas, são consumidos vivos por outros da mesma espécie ou espécies diferentes.  No mundo são 375 espé ; ;cies desses peixes e, no Brasil, 88.    

Se continuar com esta prática criminosa, esse peixe entrará em extinção em breve tempo. É preciso que autoridades internacionais proíbam essa prática criminosa e inferior, afinal, nem o poder econômico pode justificar tamanha brutalidade. Outra atividade abominável é a pesca esportiva, infelizmente, em expansão no Brasil.  Como pode alguém deleitar-se, sentir satisfação em retirar um peixe de seu habitat, vê-lo se debater até a morte ou devolvê-lo ao mar?

Será que a espécie humana é mesmo superior às demais?

GOLFINHOS, LEÃO MARINHO E A TARTARUGA MARINHA

Outros animais que poderão entrar na lista de perigo iminente de extinção  são os golfinhos, o leão marinho e a tartaruga marinha, muito caçados e perseguidos por pescadores que se tornam algozes criminosos, movidos pelos mais baixos e perversos instintos humanos.   

No Japão, especificamente, na ilha de Taiji, entre setembro de 2012 e março de 2013, foram caçados 23 mil golfinhos, prática cruel que existe há 200 anos nesse país nipônico.  A ONU já demonstrou preocupação mas o país não respeita as leis internacionais de pesca desses animais.  Muitos deles são vendidos para shows em aquários na Ásia e nos países árabes.  

Portanto, enquanto as leis internacionais de pesca não forem respeitadas, a fauna marítima estará em constante perigo.    

EDUCAR NAS ESCOLAS E UNIVERSIDADES PARA CONSCIENTIZAR 

É preciso educar crianças e jovens nas escolas e universidades se tornarem adultos civilizados e respeitadores à vida dos animais.  Faz-se mister reforma de consciência e é exatamente isso que faço nas escolas e universidades, ministrando palestras educativas sobre os direitos dos animais e a senciência deles.

Infelizmente, não tenho qualquer apoio governamental.  Aliás, se formos depender de governantes, os animais serão sempre subjugados às piores e mais degradantes condições e isso não pode continuar assim.  Político, raramente, se preocupa com isso.

Educar para mudar – esse deve ser o lema em nosso país e, por que não dizer, no mundo em nome do respeito à vida dos animais, afinal, eles têm consciência, emoções e sentimentos como todos nós e, por isso, merecem nosso total respeito.  A vida precisa ser respeitada em sua diversidade.  Nâo posso pensar diferente!