Notícias | 23 de setembro de 2011 17:13

Pedro Paulo Rangel estreia hoje, no Sesc, a peça “Um Número”

Estreia nesta sexta-feira, 23 de setembro, no Espaço Sesc, o espetáculo “Um Número”, texto de uma das principais dramaturgas contemporâneas, a inglesa Caryl Churchill, e direção de Pedro Neschling, cada vez mais atuante nessa função, depois das elogiadas “A Forma das Coisas” e “Estragaram Todos Os Meus Sonhos, Seus Cães Miseráveis!”.

“Um Número”, que teve grandes atores em suas montagens mundo afora, como Daniel Craig, em Londres; Sam Shepard, que voltou aos palcos após um hiato de 20 anos, para a montagem nova-iorquina; conta agora, no Rio de Janeiro, com Pedro Paulo Rangel, um dos principais nomes dos nossos palcos, ganhador de todos os prêmios mais importantes do país – Moliére, Shell, Mambembe, Qualidade Brasil, entre outros –, dando vida ao ambíguo Salter. Ao seu lado, Pedro Osorio, que tem mais de 10 anos de carreira como ator e produtor, tendo sido indicado, na categoria de Melhor Ator, ao Prêmio Shell pelo espetáculo “Trainspotting”.

“Num momento em que a ciência tem o orgulho de anunciar a criação de vida artificial em laboratório, a temática do texto não poderia ser mais atual. Churchill, uma das principais dramaturgas contemporâneas, construiu uma pérola em cima disso”, afirma Pedro Neschling.

Clones

Um homem descobre que existem vários clones dele e que ele próprio, na verdade, é um clone de um filho original de seu pai, que ele nunca imaginou existir. A partir disso, Churchill, considerada na Inglaterra um dos mais importantes nomes da dramaturgia britânica do século, discute de forma brilhante questões referentes a quem somos nós.

A ação começa com Salter conversando com seu filho Bernard, que não sabe como é possível a existência desses clones e, pela forma com que os médicos o confrontaram, pensa que seja possível não ser o original.

Mas como isso seria viável se ele sempre soube ser filho natural de sua mãe com seu pai? Ou não teria sido assim? Bernard interroga Salter e acaba descobrindo que, de fato, ele foi gerado através de uma clonagem de seu filho natural, que morreu em um acidente. Os tais “outros” foram roubados pela equipe médica e, por isso, precisam processá-los por tamanho crime.

A história avança e descobre-se que o filho natural de Salter não morreu. Bernard, o original, está reencontrando o pai três décadas após ter sido abandonado. E ele não sabia dos clones feitos a partir dele e, muito menos, que Salter criou um como seu filho. Um novo “ele”. Todo o rancor desta relação vem à tona enquanto esses homens tentam explicar e entender o que aconteceu.

Com grandes reviravoltas e revelações, na simplicidade de um homem absolutamente comum, Salter descobre que as coisas não são tão simples. E que nem tudo é controlável como ele gostaria.

“Pedro Neschling foi meu filho numa obra de ficção e agora devo depender dele e obedecer-lhe as ordens como diretor. Pedro Osorio tem três nomes nesta mesma ficção, mas na realidade chama-se Pedro Paulo como eu, e é meu filho. Assim que li “UM NÚMERO” e me vi envolvido por esse universo e por estas pessoas, achei-me em casa. Presumo que seria um desperdício não dar ao público a oportunidade de assistir a alguma parte destas experiências”. Pedro Paulo Rangel

Elenco: Pedro Paulo Rangel e Pedro Osorio | Texto: Caryl Churchill | Direção: Pedro Neschling

Arena do Espaço Sesc (280 lugares). (Rua Domingos Ferreira, 160 – Copacabana. Tel.: 2547-0156). www.sescrio.org.br. Quinta a sábado, às 21h. Domingo, às 19h30. Ingressos: R$20,00 (inteira). Bilheteria: (21) 2547-0156. Classificação: 12 anos Duração: 60 minutos.

Temporada: 23 de setembro a 16 de outubro de 2011.

Fonte: Bruna Amorim e Daniella Cavalcanti (Assessoria de Imprensa)