Os 18 novos juízes, aprovados no 47º Concurso para Ingresso na Magistratura do Rio de Janeiro, visitaram o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. Eles foram recebidos pelos magistrados Guilherme Schilling (juiz-auxiliar da Vara de Execuções Penais e diretor Social e de Comunicação da AMAERJ), Sabrina de Borba Britto (auxiliar da VEP) e Mirela Erbisti (3ª Vara da Fazenda Pública), e pelo coronel Erir Ribeiro Costa Filho (secretário de Administração Penitenciária).
Promovida Escola da Magistratura (EMERJ), na sexta-feira (17), a visita fez parte do Curso de Formação para os juízes conhecerem o funcionamento do sistema penitenciário.
Guilherme Schilling afirmou que a crise carcerária está sendo superada com o trabalho iniciado na VEP. “Está sendo possível atravessar a crise com o trabalho que começou na Vara de Execuções Penais, com informatização, aprimoramento e agilidade das decisões, que influenciou o dia a dia de cada agente penitenciário. Os funcionários são heróis, pois trabalham intensamente para cuidar de um quantitativo de 2 a 3 mil detentos por turno”, disse.
A juíza Sabrina Britto reforçou a importância de todos os juízes visitarem uma unidade prisional. “É uma oportunidade única poder ver a realidade das consequências de nossas decisões. Quando fiz uma palestra no Curso de Formação Inicial e até quando fui aluna da EMERJ, ouvia a frase: ‘cadeia é pra quem precisa’, e isso pode parecer um pouco subjetivo. Mas temos que ter noção da cadeia antes de condenar.”
Os juízes assistiram a uma palestra sobre o funcionamento do presídio e acompanharam uma simulação de rebelião e de como agem os policiais nesta situação. Eles conheceram o sistema de segurança e a sala de monitoramento. Também visitaram a Unidade Lemos de Castro (Bangu 7), o presídio de segurança máxima (Bangu 1) e o feminino (Talavera Bruce).
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, o complexo de Bangu tem um total de 27 mil presos. Com a presença de inspetores, agentes penitenciários e visitantes, quase 50 mil pessoas circulam diariamente no sistema prisional.
(Com informações da EMERJ)