Notícias | 06 de outubro de 2011 15:38

MJ e CNJ querem acelerar destruição de armas sob a guarda de fóruns

O Ministério da Justiça e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vão firmar um acordo de cooperação com o objetivo de destruir mais rapidamente armas guardadas sob a responsabilidade de fóruns em todo o país. De acordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o Brasil tem um contingente muito grande de armas que permanecem nesses locais por força de processos judiciais.

“O que tem acontecido, lamentavelmente, é que é impossível evitar que algumas dessas armas sejam furtadas, subtraídas, roubadas dessas unidades forenses”, disse, após participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, realizado pela EBC Serviços em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República. “Quanto antes elas forem destruídas, menor o risco de que elas voltem à circulação”, completou.

A Polícia Federal e as Forças Armadas também vão participar do acordo que, segundo o ministro, deve ocorrer na próxima reunião do CNJ. “É uma ação imediata, já que o entendimento está posto. Basta apenas formalizar para que possamos atuar nessa linha”, concluiu.

Campanha recolheu 25 mil armas até setembro

A Campanha Nacional do Desarmamento recolheu, até 30 de setembro, 25 mil armas em todo o país. Do total, 12% são armas pesadas, como fuzis, metralhadoras e submetralhadoras. De acordo com balanço do Ministério da Justiça, mais de R$ 2 milhões foram pagos em indenização desde maio deste ano.

“Consideramos um número dentro do que estava previsto”, avaliou o ministro José Eduardo Cardozo, após entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro. “Entendemos que estamos no caminho certo. Estamos fazendo uma ação ofensiva e espero que, até o final do ano, possamos tirar muitas armas de circulação e destruí-las”, completou.

O estado de São Paulo ficou em primeiro lugar do ranking, com 6.579 armas recolhidas, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 3.165, e pelo Rio de Janeiro, com 2.950. Ao todo, há 1,8 mil postos para entrega das armas.

Fonte: Correio Braziliense