Nesta sexta-feira (14), viva estivesse, a juíza Patrícia Acioli estaria completando 56 anos de vida. Tocaiada ao chegar em casa em Niterói (cidade na Região Metropolitana do Rio), na noite de 12 de agosto de 2011, por criminosos travestidos de policiais militares, a magistrada é um símbolo da luta em defesa dos direitos humanos empreendida pela magistratura brasileira.
Diretora de Assistência e Previdência da AMAERJ, a desembargadora Regina Lúcia Passos, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), lembra com pesar da “grande e saudosa” amiga querida.
“A saudade é imensa, além da dor de ter acontecido tamanha tragédia com essa mulher tão querida. A ação foi tão infame que é considerada um dos 30 maiores crimes históricos do Brasil em todos os tempos. Seus algozes estão presos. Na medida do possível, Justiça foi feita, mas nada nos consola, sobretudo pela triste constatação de que a imolação a que Patrícia foi exposta, infelizmente, pode não ter servido de exemplo final”, escreveu a desembargadora.
Regina Lúcia Passos complementa seu texto ao abordar a necessidade de, jamais, a impunidade prevalecer.
“Morreu uma grande mulher, uma grande magistrada. Temos o dever de conservar sua memória, principalmente ao impedir que se repitam tais atos hediondos, além de garantir que os facínoras não experimentem, um dia sequer, qualquer sensação de prevalência da impunidade. Patrícia não pode continuar sendo assassinada… Ela, infelizmente, não foi a primeira magistrada assassinada em razão da função, mas que tenha sido a última!”.
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