Em entrevista ao jornal Metro, publicada na última quinta-feira (10), a nova presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargadora Leila Mariano, afirmou que o grande desafio da gestão será o alto número de processos. “Temos 9 milhões de processos estocados e a cada ano cerca de 1 milhão de novos processos são ajuizados. Precisamos implantar uma política em que as pessoas e instituições resolvam seus conflitos e deixem para o Judiciário somente questões mais complexas”, disse a magistrada.
Confira abaixo a entrevista na íntegra:
Metro: Qual será o grande desafio deste biênio?
Leila Mariano: O número de processos. Temos 9 milhões de processos estocados e a cada ano cerca de 1 milhão de novos processos são ajuizados. Precisamos implantar uma política em que as pessoas e instituições resolvam seus conflitos e deixem para o Judiciário somente questões mais complexas.
Metro: A questão da educação será bastante presente durante a sua gestão?
Leila Mariano: Sim, a educação continuada é uma necessidade. Magistrados e servidores precisam ter conhecimentos humanísticos que lhes propiciem conhecimento para poder enfrentar questões morais do dia a dia.
Metro: O quadro de juízes é uma outra preocupação?
Leila Mariano: É, temos mais de cem vagas. Há uma limitação pela lei de responsabilidade fiscal em que só podemos gastar em pessoal 5,7% da receita líquida do Estado, o que faz com que para 2013 só possamos empossar 50 novos juízes. Vamos pensar em 2014 como fazer a admissão de um número maior de magistrados.
Metro: A questão de juízes ameaçados vai merecer atenção especial?
Leila Mariano: Sim, já temos um plano oficial de proteção a magistrados em situação de risco. Nossa diretoria geral de segurança institucional vem desenvolvendo um trabalho cuidadoso nessa área. A ideia é manter, e se necessário aprimorar esses cuidados.
Metro: Algum dia a senhora imaginou chegar à presidência do TJ, onde começou trabalhando como servidora?
Leila Mariano: Não imaginava sequer que seria juíza. Foi graças ao promotor Valneide Serrão Vieira, um professor que levamos para o primeiro centro de estudos que houve no judiciário, no Tribunal de Alçada Civil. Ele me incentivou muito para que eu fizesse o concurso. Jamais poderia imaginar essa contingência e que estaria à frente do tribunal no próximo biênio.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Amaerj