*O Globo
O juiz Antônio Lucchese converteu a prisão em flagrante do capitão do Corpo de Bombeiros João Maurício Correia Passos em preventiva, durante a audiência de custódia, na tarde desta terça-feira (12), na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica.
Ele atropelou e matou um taxista aposentado que pedalava na altura do posto 10, da Avenida Lúcio Costa, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, na madrugada desta segunda-feira.
O magistrado acolheu o pedido feito pelo promotor Bruno Guimarães. Na decisão, ele cita a gravidade do crime, em que o oficial, depois de ingerir bebidas alcóolicas, num posto de gasolina, “misturando possivelmente vodka com uísque”, teria atropelado Cláudio Leite da Silva, de 57 anos, “causando a sua morte e deixando de prestar qualquer socorro, já que teria se evadido do local”.
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O documento cita ainda o relato de uma testemunha dando conta de que minutos antes do acidente João Maurício sequer conseguia ficar em pé, “inclusive porque cambaleava, além de que teria saído do local em alta velocidade e cantando pneu”. O juiz ainda destaca que ele é agente do Estado, integrando os quadros do Corpo de Bombeiros.
Lucchese argumenta que nenhuma outra medida cautelar, adversa da prisão, será suficiente para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal. O magistrado determina que João Maurício seja encaminhado para atendimento médico para tratar o alcoolismo. Segundo o advogado Ângelo Máximo, ele luta contra a doença há anos.
– Ele não tem controle sobre o álcool, o álcool que tem controle sobre ele – disse.
João Maurício foi indiciado pelo delegado Alan Luxardo, titular da 42ª DP (Recreio) por homicídio doloso, a embriaguez ao volante e a fuga do local do acidente. Vídeos o mostram comprando e ingerindo bebidas alcoólicas e com dificuldades de caminhar momentos antes do acidente.