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Foto: Matheus Rodrigues/G1
A juíza Tula Mello, da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, decretou a prisão temporária de nove policiais do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), do 16º BPM (Olaria). Todos os detidos são sargentos e foram presos por suspeitas de associação para o tráfico de drogas.
Além da prisão, a magistrada decidiu ainda quebrar os sigilos bancários e fiscais, além de bloquear os bens dos PMs investigados. A decisão foi tomada pela magistrada na quinta-feira (8).
De acordo com as investigações, os policiais receberiam propina para auxiliar traficantes de drogas para retomar o controle da venda de drogas na Cidade Alta, na Zona Norte do Rio. Ainda se investiga a suspeita de que os policiais teriam alugado o veículo blindado da corporação, conhecido como Caveirão, para infiltrar os criminosos na favela.
As suspeitas contra os PMs surgiram após a Polícia Militar prender 45 homens e apreender 32 fuzis, em 2 de maio passado, numa tentativa de invasão por traficantes da Cidade Alta. Entre os detidos, estava o traficante Carlos Alberto de Assis Farias, o Cachoeira, que revelou um plano de retomada da região com a ajuda do chamado “GATE dos angolanos”.
A Polícia Militar descobriu que o mesmo grupo do GATE do 16º BPM estava sempre de plantão na região nos mesmos dias em que ocorreram outras tentativas de invasão de traficantes à Cidade Alta.
Para a magistrada, os policiais realizariam uma espécie de “segurança privada” de um grupo de traficantes.
“Há fundadas suspeitas de que os acusados estejam associados a traficantes da facção criminosa que se autodenomina “Comando Vermelho”, a qual impõe regime de medo nas comunidades onde exerce a mercancia de entorpecentes ilícitos”, informou a juíza Tula Mello, em sua decisão.
Fonte: G1