Brasil | 02 de setembro de 2022 16:20

Juízes do Rio têm a maior carga de trabalho do país, informa o CNJ

Com 14.686 processos, os juízes do Rio de Janeiro têm a maior carga de trabalho do país, 24% a mais que os magistrados de São Paulo (11.811) e 91% superior à média da Justiça Estadual (7.673). A informação é do Relatório Justiça em Números 2022, divulgado nesta quinta-feira (1º) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

No Estado do Rio, em 2021, a cada grupo de 100 mil habitantes, 10.092 ingressaram com uma ação judicial. Cada juiz do Judiciário fluminense recebeu, em média, 2.485 novos casos no ano passado. É o maior índice entre todos os tribunais do Brasil. A média da Justiça Estadual é de 1.463.

O relatório do CNJ destaca a alta produtividade da Magistratura de 1º grau do TJ-RJ. Cada juiz do Rio baixou 3.507 processos em 2021. O índice é 115% superior à média da Justiça Estadual (1.625 ações) e 64% a mais que o vice-líder do ranking, o Tribunal de Santa Catarina (2.133).

Acesso à Justiça e conciliação

Ao todo, 99,6% da população do Estado do Rio vive em municípios-sedes da Justiça, o maior acesso dentre os tribunais de grande porte. O número é superior, também, à média nacional (89,7%).

O TJ-RJ tem elevados índices de conciliação. De acordo com o levantamento, o Judiciário fluminense lidera o ranking dos tribunais de grande porte (16,2%), a frente dos TJs do Paraná (14%), Minas Gerais (12,5%), Rio Grande do Sul (10,7%) e São Paulo (8,7%). A média da Justiça Estadual é 11,5%.

A conciliação é um método consensual de solução de conflitos que ajuda a reduzir o número de processos em tramitação na Corte. O índice no relatório é dado pelo percentual de sentenças homologatórias de acordo em relação ao total de sentenças e decisões terminativas proferidas.

O Justiça em Números 2022 é a principal fonte das estatísticas oficiais do Judiciário brasileiro. Anualmente, desde 2004, o estudo divulga a realidade dos tribunais, com detalhamentos da estrutura e produtividade, além dos indicadores e das análises para subsidiar a gestão judiciária.

Confira aqui o relatório completo.

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