De acordo com o Ministério da Agricultura, em média, 6 mil jumentos são abatidos por mês no Brasil. Conhecida por sua atuação em defesa dos animais, a juíza Rosana Navega Chagas, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), alertou para o risco de extinção dos jumentos no país.

A exportação do jumento para a China ocorre para que haja a extração do eijão existente na pele do animal. Esse elemento é utilizado em um produto da medicina tradicional chinesa para tratamento de problemas de circulação sanguínea e anemia.

Em vídeo gravado a pedido da Frente Nacional de Defesa dos Jumentos, a magistrada ressaltou as questões constitucionais e religiosas que impedem a prática do abate e da exportação do animal.

“Em primeiro lugar há a questão constitucional do jumento ser considerado um animal sagrado, é um dos símbolos do cristianismo. Jesus entrou em Jerusalém montado em um jumento. Ele representa a mansidão e a pacificação. Os teólogos entendem que ele é um símbolo do cristianismo, então a Constituição obriga a ser respeitada as religiões das pessoas e, no caso, está havendo um desrespeito às pessoas com o abate de um animal considerado símbolo sagrado do cristianismo”, afirmou.