O juiz da 4ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do TJ-RJ, Sérgio Luiz Ribeiro, foi entrevistado pela emissora “GloboNews”. A reportagem, exibida nesta sexta-feira (27), trata do perfil das crianças e adolescentes apresentado pelo 23º Censo da População Infanto-Juvenil do Estado do Rio de Janeiro, além das dificuldades para adoção no Rio e no Brasil.
Veja aqui a reportagem completa. Na entrevista, ele explicou que uma das maiores dificuldades do trabalho, ao invés de ser a reinserção na família biológica, é a falta de estrutura da rede – e como ela impacta o trabalho dos magistrados.
“Existem algumas críticas a isso, mas não pode haver uma insistência eterna na família biológica. Mas ela também não pode ser descartada de pronto. Então, tem que ter uma rede eficiente para que o juiz possa chegar logo à decisão, seja de reintegração familiar, seja de colocação em família substituta”, disse.
O juiz também exemplificou a questão: “O Poder Judiciário tem que ter servidores, psicólogos, assistentes sociais para as varas da infância e juventude em número suficiente. Para o município do Rio de Janeiro, hoje, ficar com o número mínimo de conselhos tutelares, tenho que criar mais 30. Então, quando tem que fazer o acompanhamento psicológico de crianças e adolescentes, a demora é em razão do déficit de equipamentos e profissionais”.
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A reportagem apresenta dados do 23º Censo da População Infanto-Juvenil do Estado do Rio de Janeiro, divulgado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) nesta sexta-feira (27). Segundo dado, das 1.723 crianças distribuídas em 198 instituições do estado, 30% tem de 0 a 6 anos; 29,8% têm de 7 a 12 anos e 40,2% têm de 13 a 18 anos. Do total, 30% não estão em escolas e cerca de 40% têm irmãos.