* Peterson Barroso Simão
Se tivesse que me casar com uma árvore, a escolha seria – Manacá da Serra. Se tivesse que ter uma árvore amante, seria o flamboyant vermelho. Contudo, meu coração fica com o Ipê amarelo que produz muita luz e beleza por curto período. Faço esta singela homenagem a elas e quanto a eles segue as palavras abaixo.
Há oito anos adquiri um Golden Retriever, filhote com 2 meses. Na verdade foi ele que me escolheu, pois, ao invés de permanecer amontoado com seus pares, preferiu vir brincar aos meus pés. Meses depois, fazendo manobra em automóvel na garagem, atropelei-o, quebrando-lhe os ossos de uma das pernas. A cirurgia ficaria mais dispendiosa do que substituir o atropelado pelo irmão que ainda não tinha sido vendido, orientação dada pelo próprio vendedor. Tormentoso o meu erro, e logo procurei repará-lo, levando-o à veterinária para se submeter à cirurgia pelo preço que fosse, dando certo, felizmente. Este evento me fez aproximar ainda mais do animal e vice-versa. Hoje, ele é meu grande amigo “Peu”, recuperado e feliz. Sabe a hora que saio e que chego em casa. Vê no meu olhar alegria ou tristeza e procura se solidarizar. O semblante de sua face parece falar. Nada reivindica e exige do dono, apenas quer carinho. Companheiro fiel, procura sempre agradar, sendo um dos motivos para me sentir feliz em casa, dentre outros.
Meu avô que morava na roça teve um cachorro por muitos anos. Quando morreu, o funeral foi acompanhado pelos parentes, amigos, e pelo “neném”. Uma semana depois, este faleceu, talvez por saudade do dono.
Uma professora que mora em um sítio é possuidora de gatos e cachorros. Passando pela rua, observou que lhe acompanhava uma fêmea vira-lata. Ao entrar em casa continuou acompanhada da “hóspede”. O dono não foi encontrado apesar dos esforços. Ela foi ficando e continuou com o apelido de “hóspede”. Verificou-se posteriormente que ela estava prenhe, merecendo cuidados especiais. Meses depois, veio a ninhada de seis filhotes muito bonitos. Estão sendo doados para pessoas que realmente gostam de animais.
No ano passado assisti um filme – Sempre Ao Seu Lado – em que o ator Richard Gere ia com seu cachorro até o trem que pegava todos os dias. Quando retornava, o animal o aguardava no mesmo horário e local. Um dia o dono nunca mais retornou e o cão continuou todos os dias o esperando descer do trem no mesmo lugar e horário. Entusiasmo maior veio no filme Marley e Eu.
Interessante dizer que animais domésticos trazem muita felicidade e nada nos exigem, exceto carinho. Estão sempre prontos para nós e sentem saudade, sofrem por nós, além de nos proteger. Não fazem maldade.
A nossa responsabilidade sobre eles precisa ser lembrada diariamente.
Seria bom que as Prefeituras Municipais tivessem um lugar destinado aos animais perdidos e encontrados nas ruas. Também seria bom se existisse em favor de quem não dispõe de recursos, uma veterinária pública para tratamento, além das vacinas. Setor de cadastramento e doação, seria outra medida benéfica.
Parabenizo os milhões de brasileiros que amam e respeitam os animais, especialmente, aqueles que guarnecem os lares. Eles dão alegria e compõem o Universo com harmonia. Dos fatos mais simples somados aos mais valorosos surgem o equilíbrio, a paz e a felicidade.