Usado por muitos Tribunais de Justiça do Brasil, o método chamado “Constelação”, criado pelo teólogo, filósofo e psicólogo alemão Bert Hellinger, tem sido utilizado como uma forte ferramenta na conciliação e mediação de conflitos, principalmente na vara de família. A técnica foi destaque da edição deste domingo (14) do programa “Fantástico”, da TV Globo, que entrevistou os magistrados do Rio André Tredinnick e Cesar Cury.
No Rio de Janeiro, no Fórum da Leopoldina, a Justiça promoveu a constelação de 300 processos só no ano passado. Fato é que o número de acordos subiu de 55% para 86% após a utilização da técnica. Depois de um ano de teste, o TJ-RJ decidiu estender o serviço para todas as varas de família do Estado. “Os processos mais indicados, são os processos mais complexos e resistentes a acordos”, disse Tredinnick.
O método busca esclarecer o que há por trás do conflito que gerou o processo judicial. As divergências levadas para uma sessão de constelação, em geral, versam sobre questões de origem familiar, como violência doméstica, endividamento, guarda de filhos, divórcios litigiosos, inventário, adoção e abandono.
“O juiz aprende na faculdade o que é a briga, conflito e confronto. Ele não é treinado para conciliar, mediar, restabelecer diálogo e entender o que as pessoas sentem, permitindo que, com isso, elas manifestem emoções, sentimentos e angústias”, explicou o desembargador Cury.
Sami Storch, juiz da Vara da Família da Bahia, é pioneiro no uso das constelações no Judiciário brasileiro. Para ele, uma sentença nem sempre encerra um caso. “Tinha a sensação de enxugar gelo. As pessoas não ficavam satisfeitas com a solução da Justiça. O conflito entre elas continuava e era só uma questão de tempo até abrirem um novo processo pra rediscutir a questão”.
Confira a matéria completa: AQUI