A 1ª Regional da AMAERJ promoveu nesta quarta-feira (2) no Palácio da Justiça, em Niterói, o “Arraiá da Inclusão”, com a participação de crianças carentes e de pessoas portadoras de necessidade especiais. Presente ao evento, a presidente da AMAERJ, Renata Gil, emocionada, definiu as atividades ali realizadas como “um embrião” de mais iniciativas importantes voltadas à inclusão social.
“Aqui é a casa de vocês”, disse Renata à plateia, acrescentando que os espaços da AMAERJ são “públicos, precisam ser frequentados”.
“Tomara que possamos realizar muitos outros eventos como esse. Tenham certeza que, não só apoiamos, como nos envolvemos com os projetos de vocês”, acrescentou a presidente da Amaerj.
Organizadora do “Arraiá da Inclusão”, a juíza Rosana Albuquerque França, presidente da 1ª Regional, disse que todos na Amaerj sentem-se gratificados “com a oportunidade de conhecer cada um de vocês”.
“Como a gente está feliz! Estamos aqui pela sociedade e para a sociedade. Estamos de braços abertos”, declarou.
Convidada para o evento, a juíza-regional de Niterói, Elisabeth Saad, considerou o “Arraiá da Inclusão” uma “ideia maravilhosa”.
“Os juízes, às vezes, ficam muito distantes, envolvidos com os autos, e acabam tendo pouco contato com esta parte inclusiva da sociedade. Aqui, a gente vê o excelente trabalho que está sendo feito por essas associações e a importância delas para essa pessoas”, disse a juíza, referindo-se à Escola Especial Crescer, à ONG Coral More, ao Grupo de Dança Corpo em Movimento, da Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef), e à equipe Santer Rio, de rúgbi disputado em cadeiras de rodas, cujos representantes participaram da festa.
“O esporte faz diferença na minha vida. O rúgbi é um divisor de águas. Mais do que conquistarmos medalhas e vitórias, queremos deixar um legado às pessoas que têm algum tipo de deficiência”, disse o esportista Renan Prestes, do Santer Rio. Há 13 anos, em um acidente na praia, ele tornou-se tetraplégico.
Para a juíza Letícia de Oliveira Peçanha, da 2ª Vara Cível de Niterói, a presença de magistrados no “Arraiá da Inclusão” mostra a adesão da categoria às iniciativas voltadas à inclusão social.
“Sinto-me muito feliz com a iniciativa da AMAERJ. Esse é um projeto inclusivo no sentido amplo. Estão todos de parabéns”, afirmou.
O “Arraiá da Inclusão” começou com a exposição de pinturas feitas por estudantes da Escola Especial Crescer, sediada em Niterói. As telas foram colocadas nas paredes do salão do Palácio da Justiça destinado ao evento.
Formado por 13 cantores e um percussionista – todos crianças e adolescentes –, além do tecladista e maestro, o Coral More encantou os presentes, com a interpretação criativa de canções conhecidas, como “Não Quero Dinheiro”, sucesso nacional de Tim Maia.
A apresentação dos dançarinos do Grupo Corpo em Movimento comoveu a plateia, assim como os depoimentos dos atletas paraolímpicos do rúgbi, Renan Preste e Raphael Pinho, o Raphinha, presidente do Santer Rio.
“Parabenizo todos vocês. Esse é um dia emblemático, que inaugura um novo momento”, disse Renata Gil.