*CNN Brasil
Em entrevista à CNN Brasil, nesta quarta-feira (21), o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, Elton Leme, informou que o TRE-RJ deve aumentar o efetivo de segurança em áreas consideradas “sensíveis”, cujos territórios têm maior presença de milícias e do tráfico de drogas. O estado tem o terceiro maior colégio eleitoral do país.
“As regiões que são mais sensíveis, do ponto de vista de segurança, contarão com o reforço muito intenso do nosso efetivo para permitir que as pessoas que moram ali, também tenham a certeza de que poderão votar de forma livre, sem que alguém controle o seu voto”, garantiu Leme.
De acordo com um estudo divulgado na semana passada pelo Instituto Fogo Cruzado e pelo Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos (Geni-UFF), o domínio da milícia no Rio de Janeiro cresceu 131% em 16 anos e já atinge quase metade das áreas urbanas sob influência de grupos armados no RJ.
“Todas as forças de segurança, inclusive as Forças Armadas, trabalharão de forma integrada. Essa ação é muito coordenada, ou seja, teremos uma presença ostensiva de todos os atores da segurança – Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Civil – que estarão atuando uniformizados para serem identificados e para que a população tenha plena consciência de que está segura e que poderá se locomover até às seções eleitorais com a mais absoluta segurança”, afirmou o presidente do TRE-RJ.
Na terça-feira (20), por unanimidade, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral referendou as decisões do presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, para o apoio da Força Federal em 568 localidades de 11 estados do país. O objetivo é reforçar a segurança durante o primeiro turno das Eleições em 2022, no dia 02 de outubro.
De acordo com o TSE, o estado do Rio de Janeiro terá o maior número de áreas atendidas pelas Forças Armadas, com 167 localidades de diversas zonas eleitorais, atendendo a solicitação do TRE-RJ. A Corte Eleitoral do Maranhão solicitou apoio para 97 localidades. No Piauí, a requisição foi para 85; no Pará, para 78; no Amazonas, para 31; e, no Ceará, para 36 localidades.
Também foram deferidos pedidos dos TREs do Acre, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins. Entre as solicitações constantes dos processos administrativos, estão o apoio logístico, inclusive em terras indígenas.
Os pedidos aprovados pelo TSE são encaminhados ao Ministério da Defesa, órgão responsável pelo planejamento e pela execução das ações empreendidas pelas Forças Armadas.
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